[weglot_switcher]

Pacheco Pereira, Correia de Campos e Nuno Portas distinguidos com doutoramentos ‘honoris causa’ pelo ISCTE

O ISCTE reconhece cada um dos laureados como “personalidades portuguesas de mérito excecional, publicamente reconhecido”, e destaca o percurso “notável em áreas fundamentais do ensino e da investigação” da universidade. 
16 Novembro 2020, 17h30

O Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) vai atribuir doutoramentos honoris causa ao historiador José Pacheco Pereira, ao ex-ministro António Correia de Campos e ao arquiteto Nuno Portas. O ISCTE reconhece cada um dos laureados como “personalidades portuguesas de mérito excecional, publicamente reconhecido”, e destaca o percurso “notável em áreas fundamentais do ensino e da investigação” da universidade.

“Para o ISCTE, é muito importante distinguir pessoas que têm um percurso tão notável em áreas fundamentais do ensino e da investigação desta universidade como Nuno Portas, Correia de Campos ou Pacheco Pereira”, afirma Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE, numa nota enviada às redações. “Esta atribuição dos doutoramentos honoris causa é, por isso, um ato académico de grande relevância”.

Na proposta dirigida ao Conselho Científico do ISCTE pelos grupos de professores proponentes, o comentador, ex-vice presidente do Parlamento Europeu e ex-dirigente do Partido Social Democrata (PSD), José Pacheco Pereira, é classificado como “uma personalidade reconhecida pela sua intervenção na política, na academia e nos meios de comunicação social”, pelas suas funções de deputado a “divulgador” da história política e social do país.

Segundo a reitora do ISCTE, “o país deve a Pacheco Pereira a valorização da importância das evidências da vida política e quotidiana, as quais são fundamentais para a produção de conhecimento científico rigoroso”, pelo seu “papel único na valorização da memória em Portugal, reunindo, estudando, disponibilizando, publicando e difundindo informação, muita dela de dimensão histórica, mas também iconográfica, política, etc.”.

Já o socialista António Correia de Campos, ex-ministro da Saúde e ex-presidente do Conselho Económico e Social, é reconhecido como “uma personalidade de mérito excecional, publicamente reconhecido, em particular pela sua ação nas áreas da saúde, da administração pública e das políticas públicas”. É destacado ainda pela reitora do ISCTE pela “junção virtuosa entre a produção de conhecimento e a atuação política”.

“Correia de Campos é uma referência enquanto governante que procurou basear a sua decisão política no conhecimento e nas evidências científicas disponíveis”, afirma Maria de Lurdes Rodrigues. “Distinguiu-se sempre pelo uso de informação comparada, nacional e internacional, num país onde a informação e o conhecimento são muitas vezes esquecidos por quem passa pelo poder”.

Ao arquiteto Nuno Portas, o ISCTE destaca a forma como “marcou, de forma indelével, o debate sobre a arquitetura, urbanismo e habitação nas suas dimensões estética, social e política em Portugal durante mais de cinco décadas”. “Com um percurso igualmente reconhecido no panorama internacional, o seu legado histórico e cultural é de interesse público, justificando-se a presente proposta de concessão do título de professor honoris causa do ISCTE”, lê-se na proposta dirigida ao Conselho Científico do ISCTE.

“O ISCTE reconhece Nuno Portas como um pioneiro da combinação da arquitetura com o urbanismo e com as ciências sociais, uma orientação que é central para o ensino da arquitetura nesta universidade”, explica Maria de Lurdes Rodrigues. “E reconhece também a sua investigação, e o seu trabalho de uma vida, para proporcionar habitação digna e habitação acessível aos portugueses, tendo sido dos primeiros em Portugal a trazer para a discussão pública a necessidade de projetar cidades verdes e cidades inteligentes”.

A cerimónia de atribuição dos doutoramentos honoris causa, que decorrerá no dia 16 de dezembro, acontece por ocasião do 48.º aniversário da instituição e contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Apesar do contexto marcado pela pandemia da Covid-19 em que vivemos, a Academia não fechou nem desiste da produção de conhecimento, reconhecendo publicamente quem o fez de forma excecional e exemplar ao longo da sua vida”, salienta a reitora do ISCTE.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.