A Lei de Segurança Nacional que a China impôs a Hong Kong foi o mais recente episódio daquilo que os analistas observam como a tentativa de Pequim se acercar do topo das economias que lideram o planeta – e que tem como um dos fundamentos o aproveitamento do espaço deixado vago por quatro anos de política de regresso ao interior das fronteiras patrocinada pelo presidente norte-americano Donald Trump.
Nos últimos meses, os episódios alinhados nesta lógica são inúmeros: a colisão entre os exércitos chinês e indiano em Caxemira; as manobras militares no Mar da China, que mereceram forte contestação das Filipinas e do Vietname (os Estados Unidos enviaram de imediato dois porta-aviões para a região); os atritos com o Japão por causa de ilhas disputadas por ambos os países no Mar da China Oriental; e, claro, o problema aparentemente insolúvel de Taiwan, que se queixou de ser visitada por voos de espionagem chineses.
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