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Países africanos líderam ranking mundial com mais mulheres empresárias. Portugal na 10ª posição

Num universo de 58 mercado mundiais, Portugal surge no top 10 do ranking de mulheres empresárias com uma taxa de 30,2%. Apesar de as economias mundiais integrarem na lista, não a lideram. Para isso surge o Uganda, o Gana e o Botswana com uma taxa superior a 35%.
21 Novembro 2019, 12h37

As portuguesas estão no top 10 mundial quanto à percentagem de mulheres donas de empresas entre todos os proprietários de negócios. Mais de 30% das mulheres portuguesas são proprietárias da sua empresa e se a tendência se mantiver, o número deverá crescer no próximo ano.

A liderar o ranking da terceira edição do “Mastercard Index of Women Entrepreneurs” (Índice Mastercard de Mulheres Empresárias), surgem três países africanos onde existem as maiores taxas de mulheres proprietárias de negócios, por comparação com as mais desenvolvidas. Em primeiro, a Mastercard indica o Uganda com uma percentagem de mulheres proprietárias de negócios de 38,2%, o Gana surge em segundo com 37,9% e o Bostuana fecha o pódio com 36,0%.

Em quarto lugar, destaca-se os Estados Unidos com uma ligeira diferença de 35,1%, no outro lado do mapa, surge a Nova Zelândia com 31,8% e a Russia encaixa em sexto lugar com uma percentagem de 31,2%.

Ainda atrás de Portugal que surge em décimo (30.2%), o ranking aponta o Malawi com 31,1% para o sétimo lugar, a Austrália para o oitavo com 30,9% e Angola em nono, com menos 6 pontos percentuais (30,3%).

O índice, que analisou 58 mercados mundiais, acompanha o progresso e a realização profissional das mulheres empresárias e proprietárias de negócios em três níveis: A progressão das mulheres ao nível empresarial; recursos financeiros e de aprendizagem; condições de apoio empresarial. Os resultados reafirmaram que as mulheres fazem mais negócios e têm maiores taxas de participação como força de trabalho em mercados abertos e dinâmicos, onde o apoio às PME e a facilidade de fazer negócios são elevados.

Dos 20 principais mercados do ranking da Mastercard, 80% são economias de elevado rendimento, onde as condições empresariais são altamente favoráveis. É o caso dos Estados Unidos, que lidera o ranking pela primeira vez, e da Nova Zelândia, que caiu este ano para segundo lugar. Portugal ocupa a 18ª posição com 64,2%, ligeiramente atrás da vizinha Espanha que, neste índice, ocupa a 16ª posição (64,5%).

O índice deste ano revela que as mulheres empresárias estão a abrir negócios mais rapidamente do que nunca e pretende dar a conhecer, a nível global, os países com melhor ambiente para as mulheres empresárias prosperarem e, por outro lado, chamar atenção para as desigualdades significativas que ainda condicionam uma evolução favorável à igualdade de género.

Países africanos à frente do ranking 

O Índice Mastercard também sugere que as oportunidades de empreendedorismo não estão necessariamente alinhadas com o crescimento ou desenvolvimento de um país.

Nações menos desenvolvidas economicamente, como o Uganda, o Gana e o Botswana, estão entre os três principais países onde existem as maiores taxas de mulheres proprietárias de negócios, por comparação com as mais desenvolvidas. Nesses mercados, o empreendedorismo feminino é “orientado e estimulado pela necessidade de sobrevivência, mesmo apesar da falta de capital financeiro ou de acesso à educação”, segundo a Mastercard.

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