[weglot_switcher]

Pandemia agrava défice em 2,6 mil milhões de euros até maio

O Ministério das Finanças divulgou esta sexta-feira os dados da execução orçamental até maio em contabilidade pública. O défice aumentou para 3.203 milhões de euros até ao quinto mês do ano.
26 Junho 2020, 16h59

As contas públicas fecharam maio com um défice de 3,2 mil milhões de euros, o que representou um agravamento de 2.550 milhões de euros em termos homólogos. A execução orçamental em contabilidade pública das administrações públicas viu-se penalizada pela redução da receita (-0,4%) pelo acréscimo da despesa (7,4%), de acordo com a informação divulgada esta sexta-feira pelo Ministério das Finanças.

As medidas para mitigar os efeitos da crise causada pelo novo coronavírus contribuíram para uma degradação do saldo de pelo menos 1,8 mil milhões de euros, segundo o Governo.

“Por via da quebra de receita (-869 milhões de euros) associada à prorrogação de pagamento de impostos (IVA, IRS e IRC) e suspensão de execuções da receita fiscal (ainda sem quantificação para a Segurança Social da prorrogação das contribuições e suspensão das execuções fiscais). Por via do crescimento da despesa (951 milhões de euros) principalmente associado às medidas de lay-off (453 milhões de euros), aquisição de equipamentos na saúde (169 milhões de euros) e outros apoios suportados pela Segurança Social (144 milhões de euros)”, pode ler-se no documento referente aos últimos dados da execução orçamental até maio em contabilidade pública.

Até abril de 2020, o défice das contas públicas havia registado um agravamento de 341 milhões de euros, para 1.651 milhões de euros. Nessa altura, as medidas relacionadas com o combate à pandemia foram quantificadas em 680,2 milhões de euros nessa altura.

Até ao quinto mês de 2020, a despesa cresceu 7,4% devido sobretudo à subida da despesa da Segurança Social (+12,4%), enquanto o investimento público aumentou 64,4% na Administração Central e Segurança Social, excluindo Parcerias Público-Privadas, assinala a síntese da Direção Geral do Orçamento (DGO). “Concorreu também o expressivo crescimento da despesa do Serviço Nacional de Saúde em 9,2%, nomeadamente em despesas com pessoal (+6,8%). Destaca-se o reforço de mais de 5 600 profissionais afetos ao SNS em termos homólogos”, adianta a nota publicada esta tarde pelo gabinete de João Leão.

Notícia atualizada às 17h15

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.