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Pandemia empurra NOS para prejuízo de 10 milhões no primeiro trimestre

A operadora apresentou um lucro líquido negativo de 10,4 milhões de euros no primeiro trimestre, face ao resultado positivo de 42,5 milhões no período homólogo de 2019.
6 Maio 2020, 18h04

A NOS registou um prejuízo de 10,4 milhões de euros no primeiro trimestre de 2020, motivado pela restrições provocadas pela pandemia da Covid-19 em Portugal, anunciou a empresa em comunicado esta quarta-feira, 6 de maio. O valor compara com um lucro de 42,5 milhões de euros no período homólogo de 2019.

“Os resultados da NOS foram amplamente afetados pela pandemia COVID-19 no primeiro trimestre de 2020”, sublinhou a empresa liderada por Miguel Almeida. “A queda nos resultados explica-se pelos efeitos da pandemia COVID-19, pelo aumento de custos não recorrentes, nomeadamente o aumento de provisões para fazer face ao aumento de dívidas incobráveis, entre outros”.

“O contributo das empresas associadas deteriorou-se de forma significativa, registando perdas de 8,8 milhões de euros, com uma contribuição negativa da SportTV e da ZAP, devido ao registo de imparidades e provisões”, adiantou

A operadora adiantou que nas telecomunicações, os maiores impactos foram sentidos na receita de subscrição de canais premium, em particular dos canais de desporto (Sport TV, BTV e Eleven Sports) que foram disponibilizados aos clientes de forma gratuita e nas receitas provenientes do roaming internacional, fruto da impossibilidade de viajar.

“O segmento empresarial foi igualmente afetado, com algumas empresas a serem forçadas a reduzir os seus custos, tendo em conta a diminuição ou encerramento das suas atividades. Também a venda de equipamentos foi menor, fruto da reduzida atividade comercial e encerramento do comércio de retalho”, explicou.

No período em análise, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortizqação) da operadora recuou 4,6%, para 152,7 milhões de euros. No segmento das telecomunicações, o EBITDA registou uma quebra de 3,4% para 141,8 milhões de euros. A margem EBITDA reduziu-se 0,8 pontos percentuais, para 44,2%. Já nas telecomunicações a margem EBITDA do negócio desceu 0,5 pontos percentuais para 42,6%.

Em termos de receitas totais, a NOS registou no primeiro trimestre 345,4 milhões de euros, o que significou um decréscimo de 3% face ao mesmo período do ano anterior.

As receitas das telecomunicações caíram 2,2% para os 332,9 milhões de euros no período em análise, com as receitas do segmento de consumo a registarem uma redução de 0,2% e as receitas do segmento empresarial a descerem 0,8%.

Em relação ao número de serviços prestados pela operadora, registou-se um aumento de 199 mil ou 2,1% para 9,708 milhões. Os serviços de televisão subiram 1,7% para 1,644 milhões, enquanto que os serviços de comunicações móveis evoluíram 2,1% para os 4,847 milhões.

Por sua vez, o número de casas com acesso à rede de nova geração fixa aumentou 4,3% para 4,640 milhões.

Já o número de serviços de banda larga fixa situou-se nos 1,425 milhões face aos 1,383 milhões registados no período homólogo de 2019, enquanto o número de serviços de voz fixa alcançou os 1,757 milhões, em relação aos 1,728 milhões do final de março de 2019.

A NOS adiantou que manteve um forte investimento neste trimestre, em particular na área de telecomunicações. “Os investimentos centraram-se sobretudo na expansão das suas redes de comunicação de nova geração fixa e móvel, criando condições para uma melhoria da qualidade do serviço prestado aos clientes”.

O Capex total do grupo, excluindo os contratos de leasing, atingiu, no primeiro trimestre, 88,2 milhões de euros, mais 1,1% que no mesmo período de 2019.

No final do período em análise, a dívida financeira líquida situou-se nos 1.062 milhões de euros, mais 5,8% que no final de março de 2019, representando 1,9 vezes o EBITDA.

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