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Pandemia leva INE a divulgar estimativas do PIB 30 dias após final de cada trimestre

O INE deu início à divulgação de estimativas rápidas a 30 dias para as taxas de variação do PIB trimestral em volume, mantendo no calendário a habitual divulgação a 45 dias da estimativa respeitante ao segundo trimestre.
  • Cristina Bernardo
31 Julho 2020, 10h09

O INE antecipou a publicação dos dados sobre a evolução do PIB no segundo trimestre para esta sexta-feira devido à crise provocada pela pandemia, dando início à divulgação de estimativas a 30 dias, ao invés dos habituais 45 dias.

“Dado o contexto atual em que o conhecimento de informação económica, ainda que forçosamente incompleta, tem uma particular urgência, o INE decidiu antecipar a divulgação de resultados para o segundo trimestre de 2020, tal como se espera que aconteça com outros estados membros da União Europeia”, explica o organismo de estatística, no relatório sobre a queda histórica do crescimento da economia de 16,5% no segundo trimestre, face ao período homólogo.

O INE deu, assim, início à divulgação de estimativas rápidas a 30 dias para as taxas de variação do PIB trimestral em volume, mantendo no calendário a habitual divulgação a 45 dias da estimativa respeitante ao segundo trimestre – que neste caso será a segunda estimativa – e que será divulgada no dia 14 de agosto. Os dados finais serão confirmados a 31 de agosto, com a publicação das contas nacionais trimestrais.

“Naturalmente, a divulgação mais precoce de resultados comporta uma maior probabilidade de revisões mais significativas que as que ocorrem com estimativas a 45 dias, refletindo quer as incertezas associadas à pandemia quer o menor volume de informação primária disponível”, explica no relatório divulgado esta sexta-feira, realçando que “esta antecipação na disponibilidade de informação macroeconómica permite também alinhar Portugal com outros países, designadamente da União Europeia”.

O organismo de estatística dá nota que a metodologia utilizada é a mesma das contas nacionais trimestrais, nomeadamente os índices de curto prazo – como o volume de negócios no comércio a retalho, volume de negócios nos serviços e volume de negócios na indústria -, a informação prevista da balança de pagamentos e a informação mais mais recente das estatísticas do comércio internacional de bens.

Devido à pandemia, o INE irá utilizar ainda “informação complementar”, nomeadamente “a informação no âmbito do sistema eletrónico de emissão de faturas e comunicação à Autoridade Tributária (e-fatura)” e as operações registadas na rede multibanco.

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