[weglot_switcher]

Papeleiras prolongam ganhos e lideram na bolsa portuguesa. Europa mantém-se em alta

A Navigator é a cotada que mais ganho no índice nacional. A empresa liderado por Diogo da Silveira soma 1,52% para 6,020 euros, depois de ter feito máximos históricos nos 6,055 euros esta manhã.
  • Reuters/Lucas Jackson
13 Junho 2018, 14h27

A bolsa portuguesa está a acompanhar o otimismo das praças europeias e negoceia em alta, a meio de sessão desta quarta-feira, dia 13 de junho. O principal índice nacional, PSI 20, valoriza 0,52%, para 5.692,36 pontos, estando a beneficiar das valorizações das empresas de pasta de papel e energia.

A Navigator é a cotada que mais ganha no índice nacional. A empresa liderado por Diogo da Silveira soma 1,52%, para 6,020 euros, depois de ter feito máximos históricos nos 6,055 euros esta manhã. Ainda no setor das papeleiras, a Semapa ganha 0,42%, para 24,050 euros, depois de ter também registado máximos históricos nos 24,100 euros. A Altri acompanha a tendência com uma subida de 0,92%, para 8,770 euros.

Paulo Rosa, trader da Gobulling – Banco Carregosa, explica que as papeleiras estão a ser beneficiadas pela subida do dólar e pela subida do preço da pasta de papel. O preço por tonelada de papel subiu no último ano dos 650, para 1.050 dólares. Além disso, o setor tem vindo a ser alvo de várias consolidações e aquisições tanto no Brasil como na Ásia. “A expectativa é de que as consolidações e aquisições se venha a arrastar também à Península Ibérica”, afirma.

A negociar no ‘verde’ está o setor da energia. A EDP soma 0,50% para 3,417 euros, a EDP Renováveis ganha 1,11% para 8,180 euros, a Galp Energia sobe 0,18%, para 16,285 euros, e a REN valoriza 0,94%, para 2,364 euros. No setor do retalho, a Jerónimo Martins avança 0,23%, para 13,315 euros, e a Sonae aprecia 0,63%, para 1,127 euros.

Em terreno positivo, estão ainda o BCP (0,26%), a NOS (0,25%), a Mota-Engil (0,15%) e a Ibersol (1,38%), a Corticeira Amorim (0,18%) e a F. Ramada (0,56%).

Em contraciclo, os CTT perdem 1,10% para 2,878 euros, depois de nas últimas sessões ter estado a recuperar, e a Pharol recua 0,39% para 0,256 euros. Paulo Rosa nota que a antiga Portugal Telecom vai ter em breve de decidir se vai ou não entrar no aumento de capital da empresa de telecomunicações brasileira Oi, da qual é a principal acionista. “Se escolher não ir ao aumento de capital da Oi, a Pharol pode ver diluída a sua posição na Oi”, afirma o trader da Gobulling.

Nas restantes bolsas europeias, o índice alemão DAX soma 0,33%, o italiano FTSE MIB avança 1,01%, o francês CAC 40 sobe 0,30%, o holandês AEX aprecia 0,54% e o britânico FTSE 100 valoriza 0,45%. Em contraciclo, o espanhol IBEX 35 perde 0,06%.

A marcar a sessão desta quarta-feira está o desfecho da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed). As previsões apontam para que seja anunciado um novo aumento das taxas de juro de 25 pontos base as taxas de juro, de 1,75% para 2%. Depois da Fed, será a vez do Banco Central Europeu (BCE) se pronunciar na quinta-feira.

Há ainda a destacar a emissão de dívida de longo prazo de Portugal. O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública espera repetir o sucesso do último leilão, realizado a 9 de maio, quando a agência colocou dívida das mesmas duas linhas – 724 milhões de euros com maturidade em outubro de 2023 e 483 milhões de euros com prazo de outubro de 2028, mas as condições no mercado mudaram nas últimas semana e o Tesouro deverá ser obrigado a pagar taxas mais altas. O objetivo é angariar até mil milhões de euros.

No setor petrolífero, o preço do barril de Brent, que serve de referência para Lisboa e para toda a Europa, perde 0,13% para 75,78 dólares, enquanto o crude WTI recua 0,51%, para 66,02 dólares por barril.

No mercado cambial, o euro soma 0,14% para 1,176 dólares e a libra perde 0,28%, para 1,333 euros.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.