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Parlamento aprova audições do presidente executivo e do chairman da TAP

A comissão de economia quer ouvir os dois responsáveis máximos da companhia aérea. Antonoaldo Neves será ouvido primeiro pelos deputados, e só depois Miguel Frasquilho.
2 Junho 2020, 14h24

O Parlamento aprovou hoje as audições dos dois responsáveis máximos da TAP sobre a situação da companhia aérea portuguesa.

A comissão parlamentar de economia aprovou assim a audição do presidente executivo da companhia aérea, Antonoaldo Neves, e do presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho.

Apesar das audições terem ficado aprovadas, as suas datas ainda não ficaram definidas.

Os deputados da comissão de economia aprovaram assim por unanimidade os requerimentos do PS e do PSD para ouvir estes dois responsáveis no Parlamento.

A primeira audição a ter lugar será a de Antonoaldo Neves, e depois a de Miguel Frasquilho.

A companhia aérea vive uma grave crise devido à paragem económica provocada pela pandemia da Covid-19 que obrigou a TAP a parar quase completamente toda a sua operação.

Na sua última ida ao Parlamento, o ministro da tutela, Pedro Nuno Santos, destacou que a companhia aérea conta com uma dívida de 3,3 mil milhões de euros, incluindo dívida da companhia com contratos de leasing de aviões no valor de 2,3 mil milhões de euros.

A companhia já está em negociações com o Governo para um plano de injeção de capital, restando saber qual o valor desta injeção, os seus moldes e as contrapartidas, isto é, se implicam a nacionalização da TAP ou o reforço do poder do Estado na empresa, conforme já indicou o ministro Pedro Nuno Santos.

Além da recuperação, a transportadora também esteve envolvida em polémica, depois das críticas deixadas por Rui Moreira, autarca do Porto, sobre a falta de voos para o norte do país no plano de retoma da empresa.

“Não tentemos por um momento ocultar a realidade. A realidade é simples: A TAP está a tentar impor um confinamento ao Porto e ao norte”, disse Rui Moreira a 26 de maio.

Em reação a este plano, o primeiro-ministro veio a público dizer a 27 de maio que “não tem qualquer credibilidade qualquer plano de rotas definido”, sem a “prévia informação sem a estratégia definida pela República Portuguesa”.

No mesmo dia, o conselho de administração veio a público garantir que a empresa iria “ajustar” o plano de retoma das rotas.

“A companhia está  empenhada e vai de imediato colaborar  com todos os agentes económicos, nomeadamente associações  empresariais e entidades regionais de turismo,  para viabilizar  o maior número de oportunidades, adicionar e ajustar os planos de rota anunciados para este momento de retoma por forma a procurar ter um serviço ainda melhor e mais próximo  a partir de todos os  aeroportos nacionais onde a TAP opera, o que, considerando o  período difícil que Portugal atravessa, ficará, naturalmente, subordinado aos constrangimentos legais que existam quanto à mobilidade das pessoas e ao transporte aéreo”, segundo comunicado do conselho de administração a 27 de maio.

https://jornaleconomico.pt/noticias/divida-da-tap-ascende-a-33-mil-milhoes-de-euros-com-contratos-de-leasing-590513

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/rui-moreira-tap-esta-a-tentar-impor-um-confinamento-ao-porto-e-ao-norte-593117

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