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Parlamento britânico ficará suspenso a partir de hoje durante “o menor tempo possível”

Até dia 19 de outubro, os trabalhos dos parlamentares britânicos ficarão congelados. Os deputados serão reconvocados na segunda-feira, a data em que também teriam regressado se a primeira suspensão, de cinco semanas, tivesse sido cumprida na íntegra.
9 Outubro 2019, 11h21

O Parlamento britânico prepara-se para ficar suspenso a partir de hoje mas tem marcada no calendário uma reunião extraordinária no dia 19 de outubro, duas semanas antes do prazo de saída do Reino Unido do bloco europeu e dois dias depois do Conselho Europeu se reunir.

Em comunicado, o número 10 de Downing Street revelou que os trabalhos parlamentares ficariam suspensos durante “o menor tempo possível para permitir todos os preparativos logísticos necessários” para o discurso da rainha, incluindo verificações de segurança nas proximidades do Parlamento.

“Através do discurso da rainha, o Governo estabelecerá os seus planos para o serviço nacional de saúde, escolas, combate ao crime, investimento em infraestruturas e construção de uma economia forte. Vamos cumprir o Brexit e continuar a responder a estas questões vitais”, disse Johnson.

De acordo com o The Guardian, esta terça-feira, esta será mais uma tentativa de Boris fazer aprovar um Brexit sem acordo e de tentar contornar as implicações da Lei de Benn – promulgada no mês passado – que visa forçá-lo a solicitar uma extensão do processo de divórcio, até 31 de janeiro, caso não se consiga chegar a acordo com Bruxelas no dia 19 de outubro.

Boris Johnson já deixou claro que o Reino Unido vai cumprir o prazo de saída a 31 de outubro e que pedir um adiamento do Brexit está fora de questão. Porém, o Governo garantiu que o primeiro-ministro irá cumprir com a lei e trabalhar no sentido de chegar a acordo com a União Europeia e as Irlandas.

Johnson vai-se encontrar com o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, esta quinta-feira e tentar convencê-lo a concordar com os planos do governo britânico sobre os controles fronteiriços na Irlanda. Na semana passada, o Governo irlandês recusou a oferta final de Boris Johnson e considerou-a “inaceitável”.

 

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