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Parlamento europeu dividido em declarar emergência climática mundial

“Emergência climática” é ainda a palavra do ano de 2019 para o dicionário da Oxford. O projeto de resolução que vai para votação amanhã declara que existe “uma emergência ambiental e climática na Europa e no mundo”, adiantando que é preciso que a UE “tome as medidas necessárias” para evitar danos maiores. 
27 Novembro 2019, 16h00

O Parlamento europeu está dividido se deve, ou não, declarar uma emergência climática global na semana que antecede a conferência das Nações Unidas em Madrid, revela o jornal britânico ‘The Guardian’.

Caso seja declarada uma emergência climática em todo o mundo, uma resolução ia terminar com a guerra entre os líderes da União Europeia. A proposta vai ser votada amanhã, 28 de novembro, no dia a seguir a Ursula von der Leyen, presidente eleita da Comissão Europeia, distinguir o clima como um foco no seu mandato.

“Emergência climática” é ainda a palavra do ano de 2019 para o dicionário da Oxford. No mesmo dicionário, a palavra é definida como “uma situação em que é necessária uma ação urgente para reduzir ou interromper a mudança climática e evitar danos ambientais potencialmente irreversíveis resultantes dela”.

O projeto de resolução que vai para votação amanhã declara que existe “uma emergência ambiental e climática na Europa e no mundo”, adiantando que é preciso que a UE “tome as medidas necessárias” para evitar danos maiores.

“É uma mensagem para os cidadãos europeus, para os jovens, dizer que a Europa é o primeiro continente a declarar uma emergência climática e a agir de acordo”, disse Pascal Canfin, eurodeputado francês que preside a comissão ambiental do Parlamento Europeu e autor da resolução.

Por sua vez, o eurodeputado sueco Pär Holmgren,  sustentou que “temos de perceber que, para cumprir o Acordo de Paris, existem limites muito rigorosos de dióxido de carbono e outros gases de efeito estuda que podemos libertar na atmosfera, a partir de agora até às próximas centenas de anos”.

O texto da mesma proposta de resolução faz ainda referência à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, em iniciar uma saída formal do Acordo de Paris, que tinha sido assinada pelo seu antecessor Barack Obama em 2015.

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