[weglot_switcher]

Parque Natural do Douro Internacional: O magnetismo das arribas

As placas à beira da estrada e à entrada das aldeias não enganam: a grafia é dupla. Como na Fraga do Puio, que soa seco e agreste e dá passinhos mansos quando dito em mirandês: Peinha de L Puio. Não é só uma fraga, é um abraço entre rio e escarpas de cortar a respiração.
9 Outubro 2020, 22h00

Por terras do Douro Internacional o silêncio é quem mais ordena. É rei e senhor. É avassalador. Como as paisagens. Esmagador. Como as imponentes arribas que acompanham o rio Douro a fazer de fronteira com Espanha. E delicado. Como a dança das rapinas que se elevam no céu aproveitando as correntes de ar quente ao final da manhã. Se há miradouros fáceis de alcançar com vistas de cortar o fôlego, outros imploram descidas e subidas tremendas para chegar a promontórios que, no mínimo, ficarão na memória por muito tempo.

E quando se regressa a essas gárgulas sobre o Douro, o reencontro é ainda mais emotivo. Como um velho amigo com quem se partilham horas de conversa e longos silêncios. E assim se vai trilhando o caminho que leva ao miradouro Penha de Torres, junto à aldeia de Paradela – o ponto mais oriental de Portugal. Um vale que o Douro vai rompendo com paredes verticais superiores a 150 metros, de um lado, o português, e uma barragem e socalcos do lado espanhol.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.