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“Partido bateu no fundo. É o fim da linha”. Pires de Lima anuncia desfiliação do CDS-PP

O ex-ministro da Economia critica o atual líder e diz não ter condições para votar nem recomendar o voto em Francisco Rodrigues dos Santos, depois do adiamento do Congresso que estava marcado para o final de novembro. “O que o atual presidente do CDS-PP fez foi a maior desqualificação dos militantes do partido, nunca tinha acontecido”, destacou Pires de Lima em entrevista à “SIC Notícias”.
31 Outubro 2021, 11h48

António Pires de Lima anunciou este sábado a desfiliação do CDS-PP em entrevista à “SIC Notícias”, em consequência da decisão do Conselho Nacional do partido que anunciou a aprovação do adiamento do Congresso que iria ter lugar a 27 e 28 de novembro e onde estaria a disputa da liderança.

O ex-ministro da Economia, que militava no partido há mais de 30 anos, considera que “o partido bateu no fundo, e digo-o com a maior das tristezas. É o fim da linha. A partir de amanhã (domingo), deixarei de ser militante do CDS-PP e gostaria que os militantes compreendessem esta decisão”.

“Face ao que se passou no CDS nas últimas 48 horas, tenho o dever perante mim próprio de recuperar a liberdade interior que só posso ter enquanto pessoa independente para votar ou recomendar votar enquanto alguém independente”, justificou António Pires de Lima em entrevista à “SIC Notícias”.

O gestor considera que não tem “condições de recomendar o voto em Francisco Rodrigues dos Santos a ninguém que conheça. Isso tem uma consequência: com muita tristeza e dor interior, não tenho condições para ser militante do CDS-PP se não tenho nenhuma intenção de votar no líder do partido”.

Relativamente ao adiamento do Congresso, António Pires de Lima sublinhou que “o atual presidente do CDS-PP fez foi a maior desqualificação dos militantes do partido, nunca tinha acontecido. Já divergi de outros presidentes do CDS mas sempre os respeitei e votava neles nas eleições”.

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