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Partidos à direita criticam celebração do 25 de abril no Parlamento

CDS e Chega criticaram a realização da cerimónia do 25 de abril no Parlamento num momento em que os portugueses ainda continuam confinados devido à pandemia da Covid-19.
  • TIAGO PETINGA/LUSA
25 Abril 2020, 11h22

Os partidos à direita mostraram a sua indignação pela realização da celebração do 25 de abril no Parlamento num momento em que o país enfrenta a pandemia da Covid-19 e em que ainda vigora o Estado de Emergência.

O deputado Telmo Correia discursou pelo CDS, depois do líder dos centristas Francisco Rodrigues dos Santos ter anunciado que não iria estar presente na cerimónia em protesto pela realização da mesma durante a pandemia da Covid-19 no país.

“O CDS não só discordou desta cerimónia em tempo de pandemia e Estado de Emergência. Propôs uma alternativa viável, isso nunca esteve em causa”, disse o deputado centrista.

“A questão nunca foi ideológica, foi de lógica. Olho para esta sala, e os partidos que a permitiram [a celebração] foram reduzindo o número de deputados e de convidados. Este é um mau exemplo”, destacou.

“Não aceitamos lições de democracia de ninguém. O que o poder político está a dizer é que não respeita para si próprio o que exigiu ao povo. Não há datas imprescindíveis. O parlamento deve respeitar os portugueses”, rematou Telmo Correia.

Já o deputado do Chega, André Ventura, defendeu que a celebração do 25 de abril não deveria estar a ocorrer no Parlamento. “Não devíamos estar aqui hoje, os portugueses não puderam estar ao lado daqueles que perderam”, afirmou.

“Vem aí tempos dos mais difíceis de sempre. Como podemos falar de abril se estamos a pagar subvenções a políticos que roubaram o Estado. Populismo, dizem eles, mas é a mesma conversa há 46 anos”, destacou o deputado do Chega.

“Este regime já não serve. Também hoje precisamos de uma nova madrugada. Pode não ser correto, pode não ser politicamente aceitável, mas queremos uma nova democracia, queremos uma nova República”, defendeu André Ventura.

Por sua vez, o deputado do Iniciativa Liberal leu uma carta que disse ter escrito ao seu filho mais novo, Miguel, que hoje celebra 18 anos.

“Nunca deves tomar a liberdade como garantida, muitos lutaram para que pudesses desfrutar hoje. A liberdade que interessa é a das pessoas, enquanto não houver igualdade de oportunidades e liberdade de escolha”, disse João Cotrim Figueiredo.

“Eu e a minha geração não te deixamos um país a altura das vossas ambições. Terão menos oportunidades, menos liberdades. E possível mudar lutando e trabalhando”, defendeu o deputado do Iniciativa Liberal.

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