Os partidos políticos com assento parlamentar respondem ao repto lançado pelo Presidente da República, na mensagem de Ano Novo ao país, de 2018 ser o ano “da reinvenção”, defendendo alterações para que não se repitam as tragédias provocadas pelos incêndios.
“O passado – bem recente – serve para apelar a que, no que falhou em 2017, se demonstre o mesmo empenho revelado no que nele conheceu êxito. Exigindo a coragem de reinventarmos o futuro. O ano que ora começa tem de ser, pois, o ano dessa reinvenção”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Em resposta, o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, subscreveu o apelo do Presidente da República, considerando que “foi inegável que o Estado falhou às pessoas”.
Numa declaração feita na sede do PSD, em Lisboa, Matos Rosa considerou que o ano de 2017 “trouxe contradições” e que as “tragédias foram demasiado pesadas para que o balanço do ano seja positivo”.
Para o PSD, “foi inegável que o Estado falhou às pessoas”, o que exige “refletir sobre como o Estado, o Governo e a classe política podiam ter respondido melhor às necessidades do país”.
Matos Rosa considerou, ainda, que “Portugal podia e devia estar melhor”, frisando que o ano começa com a certeza de que “a austeridade escondida e disfarçada tem afetado áreas essenciais” como a saúde e a educação.
O Bloco de Esquerda (BE) subscreve a necessidade de “reinvenção”, mas no que respeita, especificamente ao que aconteceu com o sincêncios.
“No que diz respeito, estritamente, à questão dos incêndios, é necessário perceber onde é que o Estado falhou. E o Estado falhou. É preciso retirar lições, não apenas pondo em prática aquelas que foram as leis aprovadas para o ordenamento do território e da floresta, mas também investir a sério no interior, investir a sério na proteção civil. Aí, creio, que poderemos estar a falar de um cenário de reinvenção”, disse a eurodeputada do BE Marisa Matias.
“Pagámos uma fatura muito cara, muitas pessoas perderam a vida, a suas propriedades e os seus rendimentos e isso exige uma certa dose de reinvenção. Quanto mais não seja, no sentido de tentar voltar a colocar os serviços públicos de onde eles nunca deveriam ter saído”, afirmou a dirigente do BE.
Já o PCP, optou por sublinhar a confiança que tem “nos trabalhadores, no povo, confiança na sua capacidade de lutar e de transformar”.
Dias Coelho, membro da comissão política do comité central, numa declaração e reação à mensagem do Presidente da República, focou, também, o tema dos incêndios, apontando que a situação vivida decorre “de décadas de políticas de abandono do interior, de abandono da floresta” e sublinhando “a necessidade de respostas imediatas para todos aqueles que foram atingidos pelas tragédias”.
O PEV, em comunicado, defendeu ser necessária “vontade política, garantia de meios e ação, de modo a que a mudança estrutural se dê, de facto”.
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