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Partner da Bain diz à CNBC que bancos grandes europeus estão melhores, mas há bancos pequenos em risco

Os bancos grandes ficaram mais fortes, mais capitalizados, mas há vários bancos que podem estar em perigo, disse o analista ao canal norte-americano. João Soares vai mais longe e diz que o número de bancos europeus em risco aumentou fortemente.
  • Brendan McDermid/Reuters
9 Setembro 2017, 18h17

Depois da crise financeira e do processo  de recapitalização dos bancos, o panorama bancário europeu está cada vez mais polarizado, quem o diz é João Soares,  partner da Bain & Company,  à CNBC.

Segundo o analista de há sete anos para cá os bancos grandes ficaram mais fortes, mais capitalizados, mas há vários bancos que podem estar em perigo, disse o analista ao canal norte-americano. João Soares vai mais longe e diz que o número de bancos europeus em risco aumentou fortemente.

O panorama bancário europeu está cada vez mais polarizado, acrescenta João Soares que contabiliza 31 bancos mais fracos na Europa.

Recentemente a Bain & Company emitiu uma análise ao setor bancário. Segundo esse estudo, em conjunto com Itália, Espanha e Grécia, os bancos portugueses continuam em risco, alerta a Bain. Os bancos escandinavos, belgas e holandeses são vistos como os “vencedores”, diz o estudo. “Mais de um quarto dos bancos parece ter um risco elevado e precisa de agir urgentemente para garantir a sobrevivência, outros debatem-se com um balanço fraco, enquanto alguns precisam de repensar radicalmente os seus modelos de negócio para continuarem competitivos”, conclui a Bain.

O mesmo estudo refere mesmo que dez anos depois do começo da crise financeira global, os bancos europeus estão a recuperar, com muitos a passarem nos testes de stress dos reguladores, mas há um conjunto de instituições financeiras mais pequenas que continua a preocupar. Segundo a Bain, “28% dos bancos apresentam um risco elevado [de falência], acima dos 26% registados em 2013”. São bancos portugueses, italianos, gregos e espanhóis aqueles que a Bain põe na lista dos arriscados. A empresa refere que são bancos que “continuam em stress” e em risco de falência, enquanto os bancos escandinavos, belgas e holandeses são vistos como os “vencedores”.

“Um banco problemático não está necessariamente destinado a falir”, disse João Soares nesse estudo. “A viagem de regresso à rentabilidade é longa e chegar ao destino exige algumas decisões muito difíceis”, refere.

(atualizada com a exclusão das referências à Bain Capital)

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