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Passageiros de cruzeiro em Lisboa não vão entrar “tecnicamente” em Portugal para serem repatriados

O Governo garantiu que o repatriamento destes passageiros não vai ter “qualquer encargo financeiro para Portugal”.
  • Cristina Bernardo
22 Março 2020, 22h22

Os cerca de 1.300 passageiros do navio cruzeiro que se encontra acostado em Lisboa não vão entrar “tecnicamente” em Portugal para serem repatriados para os seus países de origem a partir do aeroporto da capital portuguesa.

“A entidade operadora em articulação com as embaixadas dos países desses passageiros estão a articular o que será uma operação de transferência, sem entrarem tecnicamente em território nacional”, disse o ministro da Administração Interna este domingo, 22 de março, após a primeira reunião da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência.

O cruzeiro MSC Fantasia, com origem no Brasil, conta com 27 passageiros de nacionalidade portuguesa a bordo, com os restantes a terem origem em 38 países, principalmente da União Europeia, Reino Unido, Brasil e Austrália. No total, estão mais de 1.300 passageiros a bordo: os 27 portugueses vão permanecer no país, enquanto os restantes serão repatriados.

“Esses passageiros serão transferidos de autocarro com escolta policial do terminal de cruzeiros de Lisboa para o terminal 2 do aeroporto Humberto Delgado sem passar pela zona de frequência normal dos passageiros do aeroporto de Lisboa, sendo diretamente conduzidos aos aviões que os irão transportar aos países de origem, ou ao próximo destino de acordo com as indicações que nos forem sendo dadas pela empresa operadora”, afirmou Eduardo Cabrita.

O ministro explicou que o repatriamento destes passageiros não vai ter “qualquer encargo financeiro para Portugal”.

Sobre os 27 passageiros de nacionalidade portuguesa que se encontram a bordo deste navio cruzeiro, estes já foram alvo de teste de despiste do novo coronavírus (Covid-19) e os resultados serão conhecidos nas próximas horas.

As autoridades já deram garantias que todos os passageiros a bordo serão alvo de teste de despiste do novo coronavírus. Até ao momento, não há casos confirmados de contágio a bordo.

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