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Patronato italiano pede a Governo que evite sanções da UE devido a orçamento

A Confederação Geral da Indústria Italiana pediu ao Governo para chegar a acordo com a Comissão Europeia sobre o Orçamento para 2019 e evitar eventuais sanções.
  • Itália
9 Dezembro 2018, 18h56

A Confederação Geral da Indústria Italiana pediu este domingo ao Governo, formado pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S, antissistema) e pela Liga (extrema-direita), para chegar a acordo com a Comissão Europeia sobre o Orçamento para 2019 e evitar eventuais sanções.

“É necessário evitar um processo que possa ter efeitos negativos, como o corte de fundos de coesão e a devolução forçada da dívida”, disse aos jornalistas o presidente da Confindustria, Vincenzo Boccia.

Doze associações e organizações que representam o mundo empresarial em Itália reuniram-se hoje com o ministro do Interior italiano e líder da Liga, Matteo Salvini, e deram conta das suas preocupações em relação à divergência entre Roma e Bruxelas acerca do orçamento do país.

Bruxelas chumbou no final de outubro o orçamento italiano para 2019 que previa um défice de 2,4% do produto interno bruto (PIB), muito acima do esperado e fora dos limites europeus, tendo voltado a rejeitar em novembro um plano orçamental, depois de Roma garantir que não mudaria a previsão de contas do Estado.

No final de novembro, a Comissão Europeia indicou poder abrir um procedimento sancionatório a Itália devido à sua elevada dívida pública, que caso ocorra pode resultar em multas de entre 0,2% e 0,5% do produto interno bruto (PIB) do país (entre 3.450 e 8.625 milhões de euros, aproximadamente).

Desde então o Governo italiano tem estado a dialogar com a comissão para tentar evitar as sanções, mas para isso terá de retificar a previsão do défice. Boccia, que participou na reunião de hoje com Salvini, assinalou que o Governo está consciente de que existe o risco de Itália entrar em recessão, adiantando que 2019 “não será um ano fácil”.

O presidente da Confindustria indicou que a reunião decorreu num ambiente positivo e que o patronato italiano espera agora “que se tomem medidas”.

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