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Paulo Cafôfo defende sustentabilidade ambiental e dinamização do setor pecuário

Na questão económica, Paulo Caôfo salientou o facto de a “esmagadora maioria” da carne para a espetada, o principal prato da gastronomia madeirense, vir dos Açores, bem como os laticínios.
19 Agosto 2019, 10h05

O candidato do PS a presidente do Governo Regional da Madeira, Paulo Cafôfo, esteve, no passado domingo, num encontro com pastores e criadores de gado das serras da Madeira onde defendeu a dinamização do setor pecuário, tendo em vista a sustentabilidade ambiental.

Paulo Cafôfo afirmou que o pastoreio pode ser uma mais-valia para a Região, mas refere que “não podemos ter o pastoreio livre e solto como existia noutros anos, dado que isso teve danos ambientais”.

Segundo o candidato socialista, há áreas que estão consolidadas, como a zona da Laurissilva e dos urzais, que não podem ser mexidas e onde esta atividade não pode ser desenvolvida, mas, por outro lado, há algumas zonas das serras da Madeira em que o pastoreio seria uma vantagem, até por uma questão de segurança.

“Muito se fala na questão dos incêndios e das aluviões, e a verdade é que a erosão nas serras continua a acontecer e a reflorestação que tem sido implementada tem sido mal sucedida”, referiu, considerando que, se for feito de uma forma controlada e ordenada, o pastoreio “pode ser um instrumento para podermos desenvolver outro ordenamento do nosso território”.

Na questão económica, Paulo Caôfo salientou o facto de a “esmagadora maioria” da carne para a espetada, o principal prato da gastronomia madeirense, vir dos Açores, bem como os laticínios.

Neste sentido, o candidato do PS defende o pastoreio regenerativo e a transumância (o deslocamento sazonal de rebanhos para locais que oferecem melhores condições durante um período do ano). “É preciso definir esses percursos e é preciso dar formação aos pastores. Esta é uma alteração substancial, numa estratégia integrada de desenvolver o mundo rural, mas também de garantir a segurança das populações”.

Paulo Cafôfo acredita que é preciso dar maior dinâmica à pecuária, através da promoção da produção regional e da produção biológica, com produtos de maior valor acrescentado e com mais retorno económico.

“Também neste sector temos de atrair investimento, de fomentar novas unidades de transformação e de produtos regionais, que criem emprego e novas oportunidades. É necessária uma estratégia regional coerente, que trace um novo rumo para os próximos anos, e é isso que nos propomos fazer», concluiu.

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