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PCP adiou votos sobre resolução que compara nazismo e comunismo

Grupo parlamentar comunista invocou ponto do regimento da Assembleia da República que permite adiamento de votos que não tenham sido distribuídos na sessão plenária anterior. Comunistas e bloquistas votaram contra a resolução no Parlamento Europeu.
7 Novembro 2019, 07h43

Os votos apresentados pelo CDS e pelo Iniciativa Liberal relacionados com a resolução do Parlamento Europeu que equiparou nazismo e comunismo foram adiados para a próxima sessão plenária, que só se realizará a 15 de novembro, depois de o grupo parlamentar do PCP invocar um ponto do regimento da Assembleia da República onde se prevê que “nos casos em que o voto não tenha sido distribuído em reunião plenária anterior, a discussão e votação são adiadas para o período regimental de votações seguinte, a requerimento de, pelo menos, dez deputados ou de um grupo parlamentar”.

Os textos apresentados por esses dois partidos estavam no guião de votações para a sessão plenária desta quarta-feira – ao contrário de um terceiro voto sobre o mesmo tema, elaborado pelo Chega -, mas o requerimento do PCP ditou a alteração.

Assim, além do projeto de deliberação sobre o elenco e constituição das comissões parlamentares permanentes, que foi aprovado por unanimidade, só foram levados a plenário dois votos de pesar, pelas mortes do ex-deputado e ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Delmiro Carreira, e do ex-deputado e ex-governador civil da Guarda, José Maria Andrade Pereira. O primeiro voto, apresentado pelo PS, foi aprovado por unanimidade, enquanto o segundo, da autoria do CDS-PP, foi aprovado com votos contra do Bloco de Esquerda, PCP e PEV e a abstenção da deputada do Livre.

Os três partidos vão apresentar textos relacionados com a resolução do Parlamento Europeu sobre a importância da memória europeia para o futuro da Europa, aprovada a 19 de setembro, em que os regimes nazi e comunista foram equiparados enquanto “responsáveis por massacres, pelo genocídio, por deportações, pela perda de vidas humanas e pela privação da liberdade no século XX numa escala nunca vista na História da Humanidade”. Os eurodeputados bloquistas e comunistas estiveram entre os poucos que votaram contra.

 

 

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