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PCP ainda sem decisão sobre presidenciais sugere que Costa e Marcelo se entendam

O secretário-geral do PCP afirmou este domingo que o seu partido ainda não decidiu de que forma irá participar nas presidenciais e sugeriu que primeiro-ministro e Presidente da República se entendam, se for essa a opção.
  • Cristina Bernardo
17 Maio 2020, 20h41

Em conferência de imprensa sobre as conclusões da reunião de sábado do Comité Central do PCP, Jerónimo de Sousa foi questionado sobre este tema a propósito das declarações que o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, fez na quarta-feira, manifestando a expectativa de trabalhar com o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, num segundo mandato.

“Quanto à afirmação de António Costa em relação a Marcelo Rebelo de Sousa, aquilo que podemos dizer é que: entendam-se, se é essa a opção, que a façam”, sugeriu o secretário-geral do PCP.

Interrogado se está decidido que o PCP vai ter um candidato e se será escolhido antes ou durante o Congresso de novembro, Jerónimo de Sousa declarou: “É uma questão pertinente. Naturalmente que participaremos nessa batalha. Em relação à forma, não está definido, o Comité Central não o definiu”.

“Da parte do PCP, com toda a sua autonomia e a sua independência, garanto que vamos ter intervenção nas presidenciais”, acrescentou.

Questionado se está fora de causa o PCP poder vir a apoiar o atual Presidente da República, Jerónimo de Sousa respondeu: “Como disse, entre nós não discutimos a questão das presidenciais no Comité Central. Fá-lo-emos em breve e não queria antecipar juízos de valor em relação a uma decisão que ainda não tomámos”.

Na quarta-feira, durante uma visita à Volkswagen Autoeuropa, o primeiro-ministro disse esperar regressar àquela fábrica com o atual Presidente da República já num segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, contando, portanto, com a sua recandidatura e reeleição.

“Nós vamos ultrapassar esta pandemia e os efeitos económicos e sociais este ano, no ano que vem, nos anos próximos. E eu cá estarei, e cá estaremos todos, porque isto é um espírito de equipa que se formou e que nada vai quebrar. Cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor”, afirmou, em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa.

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