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PCP diz que parecer da DGS é mais exigente com Festa do Avante do que com outras iniciativas

Os comunistas garantem que o parecer da DGS reconhece condições de segurança da Festa do Avante e comprometem-se a divulgar plano de contingência ainda esta segunda-feira. “O parecer da DGS contém em vários domínios graus de exigência maiores relativamente à Festa do que tem estabelecido para outras iniciativas”, adiantam.
  • Flickr/Festa do Avante
31 Agosto 2020, 10h47

O Partido Comunista (PCP) afirmou esta segunda-feira que o parecer final emitido pela Direção Geral da Saúde (DGS) é, em “vários domínios”, mais exigente como as regras sanitárias que devem ser cumpridas na Festa do Avante do que com outras iniciativas. Os comunistas garantem que o parecer da DGS reconhece condições de segurança da Festa do Avante e garantem divulgar plano de contingência ainda esta segunda-feira.

“O parecer da DGS contém em vários domínios graus de exigência maiores relativamente à Festa do que tem estabelecido para outras iniciativas, particularmente na capacidade e lotação de recintos e espaços fixados, que contrastam seja com os espetáculos que se estão a realizar no país, seja com as feiras do livro atualmente a decorrer em Lisboa e no Porto, seja com outras iniciativas”, indica o PCP, num comunicado enviado às redações.

Sem revelar o parecer das autoridades de saúde, o PCP adianta que, no seu conteúdo, o documento emitido pela DGS “traduz a tomada de conhecimento que na Festa do Avante estão preenchidas condições de segurança iguais ou superiores àquelas que se dispõem na frequência das praias, nos numerosos espetáculos e festivais que se realizam pelo país ou simplesmente nas idas a centros comerciais”.

O partido liderado por Jerónimo de Sousa garante que as recomendações da DGS serão acolhidas e que o Plano de Contingência apresentado pelo PCP – que será ainda hoje divulgado – preenche e respeita o conjunto de normas em vigor. “A Festa do Avante, um ato responsável organizado com a máxima exigência de proteção que o PCP não descura e promove, é um contributo para afirmar o bem-estar, a saúde e a fruição da vida”, indica.

“Na preparação da Festa do Avante, na sua dimensão política e cultural, procurou respeitar-se na multiplicidade de procedimentos organizativos o conjunto de medidas no quadro das disposições legais em vigor, com base em critérios de exigência conscientemente assumidas, como aliás se tem verificado em todas as iniciativas que o PCP tem realizado”, asseguram ainda os comunistas.

O PCP acrescenta, em comunicado, que tem procurado, em articulação com as entidades de saúde, nomeadamente a DGS, garantir o cumprimento de todas as medidas de prevenção e segurança recomendadas para a realização da Festa do Avante, sublinhando que essa tem sido uma “particular exigência que o PCP colocou desde o início para garantir as condições de prevenção e proteção indispensáveis”.

O partido considera ainda que a realização da Festa do Avante está a ser alvo de uma “gigantesca operação reacionária”, com vista a “atacar o PCP” e, sobretudo, “abrir caminho à limitação do exercício de direitos e liberdades dos trabalhadores e do povo, designadamente o direito de resistirem à liquidação dos seus direitos como se viu com a campanha contra o 1.º de Maio”.

“A dimensão da ofensiva contra o PCP exige resposta. Uma resposta que deve ser assumida por cada um dos membros do partido e de todos aqueles que prezam os valores democráticos, desde logo marcando presença na Festa [do Avante] e em particular no Comício de Domingo, fazendo dessa presença uma afirmação de liberdade e um ato de resistência e luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo”, sublinha o PCP.

A Festa do Avante tem data marcada para os dias 4, 5 e 6 de setembro, na Quinta da Atalaia, no concelho do Seixal, e vai contar com medidas de segurança sanitárias apertadas. Este ano, a Festa do Avante, que marca anualmente a rentrée do PCP, terá uma área disponível de 30 mil metros quadrados (mais dez mil do que na edição anterior) e vai contar com uma lotação limitada a 33 mil pessoas por dia (um terço da capacidade licenciada).

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