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PCP diz que TAP não pode ser “perfilada para o futuro como apêndice de uma companhia aérea estrangeira”

Bruno Dias frisa que Portugal “não se pode dar ao luxo de perder a TAP ou boa parte dela”. Sobre a auditoria pedida pelo BE, o deputado do PCP diz que o partido está disponível “para avaliar e discutir todas as iniciativas que possam contribuir para defender a companhia”.
3 Julho 2020, 11h28

O Partido Comunista Português (PCP) considera que a TAP não pode ser “perfilada para o futuro como um apêndice de uma qualquer companhia aérea estrangeira”.

O deputado Bruno Dias falou esta sexta-feira sobre o acordo do Estado com a companhia aérea e sublinhou que neste momento o importante é assumir de “uma forma clara, concreta e decidida o controlo público e efetivo da TAP e não permitir que seja ao serviço de interesses privados que a TAP venha a assumir as suas opções no futuro”.

O deputado do PCP realçou que “os interesses privados estão a mais na TAP” e que é preciso é defender a companhia e projetá-la para o futuro, assumindo uma estratégia de desenvolvimento, modernização e efetivo alinhamento com o interesse nacional, o serviço público às populações e também na “recuperação e desenvolvimento do turismo”.

Sobre o acordo alcançado ontem entre os privados e o Estado, o deputado salientou que este se trata de uma peça de um processo que “temos todos enquanto país assumir que não pode ficar por aqui”.

Bruno Dias frisou, contudo, que não tem de existir o assumir de sentenças à partida ou a destruição de postos de trabalho. “Não podemos olhar para a TAP como a estratégia do ‘cutelo’ e ver onde é que vamos cortar. Isso é uma postura negativa relativamente a uma estratégia de desenvolvimento”, explicou aos jornalistas, na Assembleia da República.

O deputado do PCP defendeu também que o interesse nacional deve prevalecer e não deve abdicar do papel que a TAP tem e pode assumir. “Podemos dizer que o país não se pode dar ao luxo de perder a TAP ou boa parte dela”

Questionado sobre se o partido partilha da ideia da auditoria pedida pelo Bloco de Esquerda, Bruno Dias afirmou que o PCP está disponível “para avaliar e discutir todas as iniciativas que possam contribuir para defender a companhia e a boa gestão que deve ser colocada”.

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