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PCP garante que ainda não tem “posição tomada” sobre OE 2021

Apesar de ainda não admitirem viabilizar o próximo Orçamento de Estado, o PCP sublinha que os direitos dos trabalhadores é “um dos aspetos que é absolutamente essencial e um dos critérios que deve ser assumido como prioritário”
6 Outubro 2020, 12h28

O deputado do Partido Comunista Português (PCP) João Oliveira explicou esta terça-feira, 6 de outubro, que o partido ainda não tomou uma posição quanto a viabilizar ou não o Orçamento de Estado para 2021.

“Não temos nenhuma posição tomada e portanto qualquer posição é possível”, garantiu João Oliveira sublinhando que “em relação ao sentido de voto como sempre dissemos é em função daquilo que for inscrito na proposta de lei do Orçamento”. As declarações foram feitas no Parlamento, após a reunião do PCP com o Governo onde foram apresentadas as linhas gerais da proposta do Orçamento do Estado para 2021.

“Prognósticos só no final do jogo, só quando a proposta tiver apresentada é que nós estamos em condições de verificar se foram ou não foram inscritas na proposta de lei do orçamento do estado as medidas pelas quais nos temos batido”, apontou o deputado comunista lembrando que “são muitas as matérias em que hoje é possível identificar problemas que precisam ser resolvidos e é possível encontrar essas soluções no quadro do Orçamento do Estado”.

Apesar da incerteza que o PCP continua a manter em relação à votação do OE para 2021, João Oliveira alerta que “se a preocupação do Governo for de estar a cumprir objetivos do défice desconsiderando a situação do país, isso tem consequências e as consequências que isso tem é deixar de haver respostas aos problemas económicos e sociais que enfrentamos, parece-nos que o critério deve ser o oposto a esse, o critério deve ser o de considerar a resposta que o país precisa e encontrar os meios dessa resposta ser dada”.

Para os comunistas é importante que no OE para 2021 é necessário destacar a valorização dos salários, bem como “dos direitos dos trabalhadores, de aumentar o poder de compra, de criar emprego por essa via de valorização dos direitos dos trabalhadores e dos seus salários”.

“Parece-nos um dos aspetos que é absolutamente essencial e um dos critérios que deve ser assumido como prioritário porque esse é talvez a forma mais eficaz até do ponto de vista económico em encontrar um caminho que possa ultrapassar os problemas económicos do pais e que faça aumentar a riqueza e que faça naturalmente por essa via também garantir a resolução de alguns dos desequilíbrios que se vão verificando”, frisou João Oliveira.

 

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