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PCP insiste no aumento do salário mínimo para 650 euros

Jerónimo de Sousa defendeu que o salário mínimo como o rendimento dominante, aliado à falta de investimento público por parte do Governo, “ampliou e agudizou todos os problemas sociais que a política de direita”.
18 Fevereiro 2019, 13h37

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, voltou a insistir esta segunda-feira num aumento do salário mínimo para 650 euros. Jerónimo de Sousa defendeu que o salário mínimo como o rendimento dominante, aliado à falta de investimento público por parte do Governo, “ampliou e agudizou todos os problemas sociais da política de direita”.

“É com a consciência das insuficiências das medidas tomadas nos últimos anos que reafirmamos que, em matéria de trabalho e dos trabalhadores, é necessário continuar a avançar e não andar para trás ou marcar passo, dando resposta às profundas desigualdades sociais, que permanecem vivas na realidade portuguesa, em resultado de anos sucessivos de desvalorização dos salários”, afirmou Jerónimo de Sousa, na abertura das jornadas parlamentares do PCP, em Braga.

A valorização do trabalho e dos trabalhadores é uma das dimensões que estará em destaque nestas jornadas parlamentares do partido. Jerónimo de Sousa diz que este tema é ainda mais relevante, tendo em conta que, em Braga, “o emprego não recuperou totalmente da brutal e prolongada recessão dos anos do Governo do PSD e CDS”.

O líder comunista frisou que, em setores como o têxtil, vestuário e calçado, as pessoas continuam a receber abaixo dos 650 euros, pelo que é “urgente” reverter isso. Além disso, a crise trouxe consigo “o desaparecimento de muitas centenas PME e um rasto de destruição de forças e atividades produtivas”, a que se vieram juntar “a não renovação das infraestruturas e no abandono do investimento público, ampliando todos os problemas sociais da política de direita”.

“Se [este Governo] não foi mais longe e ficaram medidas por tomar, não foi por falta de iniciativa do PCP e isso deve-se às propostas do PS e do seu Governo minoritário e ao papel que o PSD e CDS assumiram de suporte ao Governo do PS, quando este precisou deles para rejeitar propostas do PCP neste domínio e em muitos outros.

Jerónimo de Sousa acrescentou ainda que “nenhum dos avanços alcançados nestes pouco mais de três anos de medidas positivas nas diversas frentes e domínios teriam sido possíveis sem a iniciativa e o voto do PCP”.

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