Os pedidos de patentes registados por instituições portuguesas no Instituto Europeu de Patentes (EPO) aumentaram 46,7% no ano passado, impulsionados pelas áreas de tecnologia dos transportes, química e produtos farmacêuticos. segundo um comunicado divulgado esta terça-feira.
De acordo com os dados citados pelo EPO, com base no mais recente relatório anual, registou-se um aumento acentuado, após um declínio de cerca de 4,5% em 2017. “Este foi um dos maiores crescimentos registado entre os38 estados membros do EPO, ultrapassado apenas pela Lituânia e San Marino”, refere o EPO.
“É um sinal da crescente força de Portugal na inovação, investigação e desenvolvimento. As patentes são essenciais para fortalecer a competitividade do país e das suas empresas e um pré-requisito para o crescimento e a criação de empregos”, referiu o presidente do EPO, António Campinos, em comunicado. “O contributo das instituições de investigação e universidades portuguesas no aumento dos pedidos de patentes é particularmente notável”, destacou.
Já a nível global, o EPO recebeu 174.317 pedidos de patentes europeias no ano passado, um aumento de 4,6% relativamente a 2017 e “um novo recorde no número de pedidos apresentados anualmente a esta instituição”.
Enquanto os Estados Unidos lideram o ranking dos países com o maior número de pedidos de patentes – cerca de 25% do total dos pedidos apresentados em 2018 -, os pedidos de patentes apresentados pela China aumentaram 8,8%, “valor que é o mais baixo deste país nos últimos 5 anos”, segundo o EPO.
Transportes e engenharias civil lideram as áreas e Região Norte tem o maior número de pedidos
Em Portugal, o maior crescimento dos pedidos de registado de patentes tem origem na área dos transportes. Segundo dados do EPO, esta área registou um aumento de 800%, abrangendo a área da indústria automobilística, engenharia química e química alimentar. No entanto, na totalidade, as tecnologias com mais pedidos de patentes com origem em Portugal no ano passado foram os transportes 8% e a engenharia civil – com uma quota de 8%, seguidas pela área farmacêutica, com uma quota de 7%, e a tecnologia informática, com uma quota de 6%.
A nível territorial, o Norte lidera as regiões portuguesas com o maior número de pedidos de patentes registados no ano passado, com uma quota de 40%, seguido pelo Centro, com uma quota de 30%. Já a área metropolitana de Lisboa lidera o número de pedidos apresentados, com 26 pedidos, seguida pelo Porto com 23 pedidos registados.
Por outro lado, a instituição portuguesa com maiores pedidos de registos no ano passado foi o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência do Porto (INESC Porto), que nove pedidos. Já a Novadelta-Comércio e Indústria de Cafés, apresentou sete pedidos, e a Oli Sistemas Sanitários, a Universidade de Évora e a Universidade do Porto, seis pedidos.
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