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Pedro Sánchez marca eleições antecipadas para 28 de abril

O primeiro-ministro espanhol anunciou esta sexta-feira a próxima ida às urnas em Espanha, cuja campanha começará a 13 de abril. “Acredito que esta é uma boa data. É importante falar de Espanha até lá, do nosso país, de que futuro lhe queremos dar”, disse Pedro Sánchez.
15 Fevereiro 2019, 09h13

O primeiro-ministro de Espanha marcou esta sexta-feira eleições antecipadas para 28 de abril, depois de uma reunião extraordinária do conselho de ministros local. Pedro Sánchez falou esta manhã ao país no Palácio da Moncloa, num discurso de balanço sobre os últimos meses de governo, e revelou que a campanha eleitoral terá início daqui a cerca de um dois meses, a 13 de abril.

“Estamos dispostos a falar, a dialogar. Todos os agentes económicos e a oposição sabem disso (…). Espanha é dos cidadãos. É deles e eles é que decidem se querem avançar ou dar um passo atrás. Vão decidir o futuro de Espanha e o que decidirem vai ser um acerto”, afirmou o presidente do governo de espanhol, após a convocação da próxima ida às urnas.

Na intervenção pública de hoje, Pedro Sánchez sublinhou a consolidação do crescimento durante a sua legislatura e as “maiores quotas de crescimento em pouco mais de oito meses”, o reforço do Estado e a subida salarial dos trabalhadores da administração pública: “A revalorização das pensões dos nossos reformados e o aumento dos salários foram assegurados pelo governo de Espanha. Estão garantidos. É o compromisso do governo de Espanha e vamos cumpri-lo”, garantiu.

O chefe do executivo de Madrid disse que a proposta de dissolução das câmaras e a convocação de eleições já foram comunicadas ao rei Filipe VI e serão publicadas no ‘Boletín Oficial del Estado’ (equivalente ao português Diário da República). “Acredito que esta é uma boa data. É importante falar de Espanha até lá, do nosso país, de que futuro lhe queremos dar: uma Espanha constitucional ou na ignorância. Defendemos um Espanha inclusive, na qual cabem todos”, explicou ainda o governante, no cargo desde junho de 2018.

A semana termina, assim, da maneira que os milhares de manifestantes – entre os quais os líderes do PP, Pablo Casado, do Ciudadanos, Albert Rivera e do Vox, Santiago Abascal – que protestaram no último fim de semana em Madrid desejaram: com uma data para novas eleições, devido à insatisfação com o orçamento geral do Estado para 2019, e com um alegado distanciamento face de Pedro Sánchez dos partidos separatistas catalães.

Na segunda-feira, o jornal espanhol “El Mundo” escrevia que o chefe do executivo espanhol estava a ponderar marcar eleições para 14 de abril, um mês e meio das eleições para o Parlamento Europeu. Já o jornal “El País” lembra que este era um momento que os restantes grupos parlamentares já antecipavam pelo que, de certa forma, deram início a uma campanha (enquanto Pedro Sánchez apenas se foi expressando pela rede social Twitter, evitando aparecimentos públicos).

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Notícia atualizada às 9h47

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