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Pedro Sánchez prepara-se para “sondar” partidos e formar governo “o mais rápido possível”

“Prometemos que Espanha terá um governo o mais rápido possível”, afirmou dirigente do PSOE, esta segunda-feira. Em cima da mesa, está a possibilidade de se formar uma coligação com o Podemos, mas não com o PP.
11 Novembro 2019, 14h52

O PSOE prometeu agir rápido para formar um governo o mais depressa possível depois de o seu líder e primeiro-ministro, Pedro Sanchez, ter apostado em novas eleições no domingo que, apesar de não terem dado vitória a nenhum partido, ajudaram a extrema-direita a subir entre os espanhóis que estão, cada vez mais, politicamente divididos.

“Vamos tentar manter a nossa promessa de formar um governo o mais rápido possível, porque o país precisa dele”, prometeu o dirigente socialista José Luis Abalos à emissora Radio Nacional, esta segunda-feira.

Nas próximas horas, Pedro Sánchez e o partido “vão sondar” os líderes políticos para começar as negociações, revelou José Luis Ábalos.

Para já, rejeitam uma coligação com o PP, o segundo partido mais votado, depois do “complexo” panorama que resultou das eleições. “Não vamos apostar em nenhum grande governo de coligação”, disse o dirigente. Mas os socialistas não fecham a porta a um entendimento com o Unidas Podemos. “Primeiro temos de falar”, disso o porta-voz do PSOE.

Ábalos não esclareceu se os socialistas vão deixar o Unidas Podemos, de Pablo Iglesias, entrar num Governo, mas deixou claro que não quer depender das forças independentistas. “Continuaremos a tentar não depender dos independentistas”, afirmou.

Quando questionado sobre se existe uma possibilidade de os espanhóis serem chamados às urnas, mais uma vez, Abalos respondeu: “Eu descarto essa hipótese completamente. Seria um fracasso institucional”, sublinha.

Nas eleições de domingo, os socialistas ganharam com 28% e conseguiram eleger 120 deputados (menos três do que em abril). Portanto, mais uma vez, não chegaram à maioria absoluta. “Prometemos que a Espanha terá um governo o mais rápido possível”, afirmou José Luis Ábalos.

Um dos efeitos dos resultados eleitorais de domingo já se fez sentir no Ciudadanos que teve um mau resultado (passou de 57 para 10 deputados) : Albert Rivera, o líder, apresentou esta segunda-feira a sua demissão da chefia do partido e do seu lugar de deputado.

O PSOE venceu com 28%, mas continua sem maioria absoluta; o PP ganhou deputados; o Vox mais do que duplicou o número de mandatos no Parlamento, passando de 24 para 52; o Ciudadanos caiu a pique, passando de 15,9% para 6,79% e de 57 para 10 deputados (e para a quinta força política); o Podemos é o quarto partido, seguindo-se os independentistas da Esquerda Republicana da Catalunha, com 13 deputados eleitos.

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