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Pedrógão Grande: Há empreiteiros a cobrar o dobro para recuperar casas

As entidades promotoras alertam que há casos em que o valor duplicou e pedem uma renegociação dos preços praticados pela reconstrução por metro quadrado.
15 Setembro 2017, 10h59

Várias instituições promotoras da reconstrução de habitações na zona ardida do Pedrógão Grande alertam para a inflação dos preços cobrados pelos empreiteiros para aceitarem avançar com obras na região. As entidades promotoras alertam que há casos em que o valor duplicou e pedem uma renegociação dos preços praticados pela reconstrução por metro quadrado, avança o jornal ‘Expresso’.

“Antes do fogo, os preços rondavam os 500 euros por metro quadrado, agora não se encontra nenhum empreiteiro local que aceite fazer uma obra por menos de 750 euros e alguns pedem até 950 euros por metro quadrado”, relata ao ‘Expresso’ uma fonte anónima.

A Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS) diz não ter conhecimento desta situação e vários empreiteiros da região negam as informações avançadas pelas instituições promotoras, garantindo que “os preços que estão a ser praticados são normais”.

Os promotores pedem que a reconstrução das habitações seja discutida “ao cêntimo com os empreiteiros” e asseguram que a “experiência mostra que os orçamentos podem descer” após a negociação.

Dezoito das habitações danificadas pelo incêndio que deflagrou no concelho de Pedrógão Grande em junho já foram reconstruídas, de acordo com o último balanço feito às obras na região. Os dados mostram ainda que 26 casas estão neste momento a ser alvo de obras e outras 14 intervenções devem arrancar brevemente. Por reconstruir estão ainda 15 habitações.

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