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“Pela paz dos venezuelanos sou capaz até de falar com o diabo”, afirma Nicólas Maduro

Objetivo da nova Assembleia Constituinte passa por promover o diálogo e a paz nacional, findar com a sabotagem opositora e com a guerra económica e reestruturar o Ministério Público.
  • HO/Reuters
31 Julho 2017, 20h25

O presidente venezuelano advertiu, esta segunda-feira, os opositores do regime de que irá “levantar imunidade parlamentar a quem houver para levantar”. Nicólas Maduro garantiu que vai agir contra “a burguesia parasita”, como solução da crise económica, assegurando que será feita “justiça”.

“Pela paz dos venezuelanos sou capaz de tudo, até de falar com o diabo se for necessário”, afirmou o presidente, citado pela agência Lusa. Referiu-se, entre outras medidas, à reestruturação do setor da justiça, no decorrer da celebração da eleição de membros da Assembleia Constituinte, que acusou a oposição de cobardia por não aceitar dialogar.

Maduro solicitou ainda à Comissão Nacional de Telecomunicações que fosse aberta uma investigação contra a estação televisiva privada Televen, acusando-a de dar prioridade à cobertura dos opositores e deixar para trás o processo eleitoral, segundo a Lusa.

Promover o diálogo e a paz nacional, findar com a sabotagem opositora, com a guerra económica e reestruturar o Ministério Público são os objetivos da nova Assembleia Constituinte. “Acabou-se a sabotagem da Assembleia Nacional. A Constituinte chegou para pôr ordem”, declarou o presidente citado pelo jornal.

Foram mais de oito milhões os venezuelanos (41,5% dos eleitores) que votaram na Assembleia Constituinte, composta por 545 membros, revelam os dados da Comissão Nacional Eleitoral. Por sua vez, a estimativa da oposição fica-se pelos 12%.

A Assembleia Constituinte vai tomar posse num prazo de 24 a 72 horas.

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