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Pentágono: 34 militares ficaram com lesões cerebrais após ataque do Irão

Pelo menos 34 militares norte-americanos ficaram com lesões cerebrais traumáticas na sequência do ataque levado a cabo pelo Irão, no início deste mês a uma base dos EUA, no Iraque. A informação foi confirmada por um porta-voz do Pentágono.
  • DR
24 Janeiro 2020, 19h01

Trinta e quatro soldados ficaram com lesões cerebrais traumáticas depois de um míssil iraniano ter atacado uma das bases militares no Iraque a 8 de janeiro, revelou o Pentágono, esta sexta-feira. Os misseis iranianos atingiram duas bases militares no Iraque na madrugada de 07 de janeiro. No dia seguinte, Donald Trump assegurou que o não se tinham registado vítimas “americanas ou iraquianas” na sequência dos mísseis lançados, afirmando no Twitter que “está tudo bem!”.

Citado as declarações do porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, o The Guardian explicou que os sintomas apenas foram relatados nos dias seguintes e, em alguns casos, também só se fizeram sentir passado algum tempo. Hoffman avança ainda que oito membros de serviço que já tinham sido transportados para a Alemanha foram hoje transferidos para os Estados Unidos. Ainda estão em observação 17 militares.

Dias depois do ataque, Trump foi questionado sobre se os relatos das lesões cerebrais em 11 militares eram verdade. Aos jornalistas, o presidente minimizou a sua gravidade: “Ouvi dizer que tinham dores de cabeça. E algumas outras coisas. Mas eu diria, e posso relatar, que não é muito sério”, garantiu.

Michael Kaplen, presidente do Conselho de Coordenação dos Serviços de Traumatismos Traumáticos do Estado de Nova York e ex-presidente da Associação de Lesões Cerebrais do Estado de Nova York, afirmou ao jornal britânico estar “chocado com a declaração ignorante” feita por Trump.

“Igualar lesões cerebrais traumáticas a dores de cabeça é um insulto e desrespeito aos milhares de militares que sofrem com a ferida signatária do conflito Iraque/Afeganistão”, acrescentou ele.

Este ataques surgiu poucos dias depois de os Estados Unidos terem, com recurso a drones, realizado um ataque aéreo contra o carro em que seguia Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, capital do Iraque.

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