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Perdas das energéticas e Jerónimo Martins pressionam PSI 20

Ainda assim, a liderar as quedas do PSI 20 esteve a construtora Mota-Engil, com uma desvalorização de 3%, para 2,9100 euros.
  • Athar Hussain/Reuters
18 Julho 2018, 17h03

A bolsa portuguesa encerrou a sessão desta quarta-feira, dia 18 de julho, em terreno negativo, contrariando o otimismo da maioria das praças europeias. O principal índice bolsista nacional, PSI 20, perdeu 0,37% para 5.617,10 pontos, pressionado pelas desvalorizações das energéticas, da Mota-Engil e do retalho.

No setor da energia, a EDP – Energias de Portugal desvalorizou 0,67%. A EDP Renováveis caiu 0,56% e a Galp Energia deslizou 0,27%. A empresa liderada por António Mexi apresentou dados previsionais, relativos ao primeiro semestre de 2018 que apontam para um aumento de 7% na produção total de eletricidade nos primeiros seis meses de 2018 face a igual período de 2017, e para um crescimento de 28% na produção a partir de fontes renováveis.

No que diz respeito às retalhistas, a Sonae depreciou 1,65% para 1,050 euros, e a Sonae Capital quebrou 0,96%. Os títulos das empresas do grupo Sonae resvalam um dia após terem vindo a público os nomes dos seus novos dirigentes: Cláudia Azevedo e Miguel Gil Mata. Quanto à Jerónimo Martins, recuou 0,27%. 

Ainda assim, a liderar as quedas do PSI 20 esteve a construtora Mota-Engil, com uma desvalorização de 3%, para 2,9100 euros. Em terreno negativo terminaram também a NOS (-0,71%) e a Navigator (-0,96%), por exemplo. Por outro lado, a ‘verde’: o BCP (+0,19%, para 0,2616 euros), a Ibersol (+0,98%), a Semapa (+0,44%) e a Corticeira Amorim (+0,36%).

“Foi uma sessão positiva para a generalidade dos principais índices de ações europeus, com o PSI 20 entre as exceções. Um conjunto de contas empresariais bem recebido pelos investidores levou ao disparo das ações de cotadas como ASML e Akzo Nobel na Europa, Morgan Stanley, United Continental e WW Grainger nos Estados Unidos da América”, destacou Ramiro Loureiro, Mtrader do Millennium bcp.

O mesmo analista salienta ainda, numa nota de mercado, as valorizações da Lufthansa e Ubisoft. “A nível macroeconómico espera-se pela difusão do Beige Book da Fed para se perceber o ritmo de atividade nos diversos quadrantes nos EUA durante as últimas semanas, depois desta manhã terem sido revelado os dados de inflação na zona euro e Reino Unido, à atenção dos bancos centrais”, afirma.

A marcar as negociações desta quarta-feira na praça lisboeta está ainda o facto de a Raize ter negociado na Bolsa de Lisboa pela primeira vez e acumulado uma valorização de 19%. As ações transacionam por chamada, duas vezes por dia, e fecharam nos 2,38 euros, em comparação com os dois euros com que entraram (um montante fixado na oferta pública inicial).

Os títulos da empresa irão negociar por chamada duas vezes por dia (às 10h30 e 15h30), sendo que, na primeira, foram colocadas 30 ordens correspondentes a 69.293 ações. Na segunda, foram colocadas 25 ordens por 14,896 ações.

Nas restantes bolsas europeias reinou sobretudo o ânimo. O índice alemão DAX ganhou 0,80%, o francês CAC 40 valorizou 0,46%, o holandês AEX avançou 1,61%, o britânico FTSE 100 apreciou 0,66%, o espanhol IBEX 35 somou 0,29% e o italiano FTSE MIB, contrariando também a tendência (à semelhança do índice português), perdeu os ligeiros 0,03%. Na bolsa de Milão foi a banca que desiludiu os investidores: Unicredit (-1,50%), Banco Bpm (1,03%), UBI (-1,16%). O Euro Stoxx 50 ganhou 0,72%.

Notícia atualizada

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