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Perdas dos CTT e Pharol fazem tombar PSI 20

O principal índice português, PSI 20, recua 0,26% para 5.382,52 pontos, pressionado pelas desvalorizações dos CTT, Pharol e Sonae.
  • Stringer/Reuters
22 Dezembro 2017, 14h16

A bolsa nacional negoceia com perdas no meio de sessão desta sexta-feira, partilhando o sentimento negativo das praças europeias. O principal índice português, PSI 20, recua 0,26% para 5.382,52 pontos, pressionado pelas desvalorizações dos CTT, Pharol e Sonae.

Do lado das perdas, os CTT são a cotada que mais se destaca, ao caírem 2,71% para os 3,926 euros. Gualter Pacheco, trader da Gobulling – Banco Carregosa, explica que a influenciar o desempenho dos CTT na bolsa estão as declarações do presidente dos CTT, Francisco Lacerda, que considera que o plano de reestruturação da empresa, que prevê a saída de cerca de mil trabalhadores da empresa até 2020, não se trata de “um despedimento coletivo”, mas de rescisões por mútuo acordo.

Além disso, os trabalhadores dos CTT cumprem esta sexta-feira o segundo dia de greve pela reversão da privatização dos CTT. Os trabalhadores da empresa postal argumentam que antes de serem privatizados, os CTT apresentaram “sempre” resultados positivos e funcionavam como empresa de referência para os portugueses “pela confiança e pela prestação de um serviço postal de qualidade”, mas agora são “uma empresa sem qualidade”.

A Pharol é a segunda cotada com maiores desvalorizações, ao perder 1,50% para os 0,263 euros. Gualter Pacheco nota que “o impasse na empresa se mantém”, com os acionistas a ponderarem agora avançar para tribunal contra os plano de reestruturação da empresa. Em causa está o facto de os interesses da Oi, da qual a Pharol é a principal acionista, não estarem em linha com os da empresa portuguesa.

No setor da banca, o BCP perde 0,18% para os 0,270 euros. A agência de notação Fitch melhorou esta quinta-feira a perspetiva do rating do BCP de “estável” para “positiva”.

A cair está também a EDP e a sua subsidiária EDP Renováveis. A EDP cai 0,07% para os 2,862 euros e a EDP Renováveis perde 0,51% para os 6,686 euros. A Sonae tomba 1,46% para os 1,147 euros e a NOS recua 0,73% para os 5,459 euros.

Em terreno negativo estão também os títulos da Altri (-1,67%), a Corticeira Amorim (-0,78%), a Sonae Capital (-0,33%), a Navigator (-1,10%) e a REN (-0,24%).

Em contraciclo, destaca-se a Jerónimo Martins, que é a cotada que mais sobe no índice nacional. A empresa ganha 1,36% para os 16,080 euros. Gualter Pacheco indica que a empresa está em alta depois de ter recebido uma recomendação de “acumular” da Marek Czachor, com um preço-alvo de 19 euros. “A cotada está a corrigir ganhos depois de ter sido nos últimos dias penalizada com as sanções que foram aplicadas pela Comissão Europeia à Polónia, onde a empresa tem grande parte da sua atividade”, explica o trader da Gobulling.

A ganhar estão também a Galp Energia, que 0,71% para os 15,660 euros, e a Semapa, que avança 0,14% para os 17,935 euros.

Nas restantes praças europeias, o alemão DAX e o britânico FTSE 100 encerraram mais cedo devido ao período de Natal. O DAX fechou a perder 0,33% e o FTSE 100 caiu 0,22%. Em sentido negativo estão também as restantes praças. O espanhol IBEX 35 é o mercado que mais perde, ao cair 1,21%, o francês CAC 40 recua 0,48%, o italiano FTSE MIB desvaloriza 0,39% e o holandês AEX desliza 0,41%.

“Os mercados reagem em queda aos resultados das eleições na Catalunha, que significaram uma vitória para os independentistas na região, ao terem conseguido garantir a maioria dos assentos no parlamento catalão”, afirma Gualter Pacheco.

No mercado petrolífero, o brent cai 0,37% para os 64,66 dólares por barril e o crude WTI desvaloriza 0,57% para os 58,03 dólares.

No mercado cambial, o euro recua 0,19% para 1,185 dólares e a libra perde 0,03% para 1,338 dólares.

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