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Petição para impedir destruição da Amazónia já conta com 5 milhões de assinaturas

“O Brasil não suporta ter mais de 50% do território demarcado como terras indígenas, juntamente com áreas de preservação ambiental, com parques nacionais. E essas reservas todas atrapalham o desenvolvimento”, sustentou o presidente brasileiro na sua campanha eleitoral.
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    Rogério Florentino/EPA via Lusa
23 Agosto 2019, 12h39

A Amazónia arde há 19 dias consecutivos. O pulmão do mundo, responsável por 20% do oxigénio produzido a nível global, tem estado nas notícias pelas piores razões devido aos intermináveis fogos florestais.

Um abaixo-assinado no website Change pretende recolher um total de seis milhões de assinaturas para “impedir o desmatamento e exploração da Amazónia“. Esta petição já reúne perto de cinco milhões de subscrições que estão contra a destruição da “maior biodiversidade numa floresta tropical no mundo”.

Na descrição da petição, a descrição aponta o dedo a uma notícia publicada pela ‘G1’ da Globo, em que Jair Bolsonaro defendeu a exploração da Amazónia, enquanto ainda realizava a sua campanha eleitoral em agosto do ano passado. Numa entrevista à ‘Rede Amazónica’ da TV Globo, o agora presidente do Brasil defendeu a exploração da floresta tropical pelo agronegócio, criticando a fiscalização ambiental em excesso às áreas protegidas que atrapalhavam o desenvolvimento do Brasil.

“O Brasil não suporta ter mais de 50% do território demarcado como terras indígenas, juntamente com áreas de preservação ambiental, com parques nacionais. E essas reservas todas atrapalham o desenvolvimento”, sustentou o presidente brasileiro.

Agora, Bolsonaro está a ser criticado publicamente por alegar não ter recursos para apagar os fogos. “A Amazónia é maior que a Europa, como vamos combater os incêndios criminosos numa área como essa?”, perguntou ele aos repórteres, afirmando que “nós não temos recursos para isso”.

O jornal brasileiro ‘Folha do Progresso’ avançou que os incêndios tiveram origem na operação ‘Dia do Fogo’, originada por um conjunto de criadores de gado, que combinaram atear fogo à floresta. A publicação avança que a reunião dos criadores aconteceu cinco dias antes do início dos incêndios.

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