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Petróleo dispara 2% com anúncio de corte na produção diária da Arábia Saudita

O anúncio veio inverter a maior série negativa na cotação do Brent dos últimos 34 anos. Desde o início de outubro, a matéria-prima acumulou uma desvalorização de 18%.
12 Novembro 2018, 12h13

O petróleo voltou a negociar em terreno positivo esta segunda-feira, depois de a Arábia Saudita ter anunciado que vai reduzir a produção em 500 mil barris por dia. O anúncio veio inverter a maior série negativa na cotação do Brent dos últimos 34 anos, tendo a matéria-prima acumulado uma desvalorização de 18% desde o início de outubro.

A cotação do barril de Brent, que serve de referência para a Europa, soma agora 2,01% para 71,59 euros, enquanto a cotação do crude West Texas Intermediate (WTI), cotado em Nova Iorque, sobe 1,43%, para 61,05 dólares por barril.

Os preços da matéria-prima reagiram em alta, depois de o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khaled al-Faleh, ter revelado esta segunda-feira que é necessário reduzir a produção mundial de petróleo em um milhão de barris por dia, a fim de equilibrar o mercado.

Antes disso, Khaled al-Faleh já tinha anunciado, no domingo, na abertura da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em Abu Dhabi, que a Arábia Saudita vai reduzir a produção de petróleo, o que levará a uma queda nas exportações de 500 mil barris por dia já no próximo mês.

Este movimento ascendente do petróleo está a contrariar a tendência depreciativa das últimas 10 sessões, em que o crude registou de forma interrupta, a maior série negativa desde 1984. Por detrás da queda da cotação do Brent estiveram diversos fatores: os receios em relação a diversos países emergentes como a África do Sul, a Turquia e a Argentina e a introdução de exceções às sanções sobre o Irão, que visam produtos petrolíferos.

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