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Petrolífera francesa Total passou de lucro a prejuízo recorde de seis mil milhões em 2020

A Total apresentou esta terça-feira prejuízos recorde de 7.242 milhões de dólares em 2020 (5.983 milhões de euros) num “ano de transformação” para reorientar-se para novas energias, contra lucros de 9.312 milhões de euros no ano anterior.
9 Fevereiro 2021, 13h42

Este resultado da petrolífera francesa foi causado pelos efeitos negativos da pandemia de covid-19 na atividade económica e pela queda histórica do preço do petróleo, justifica a Total em comunicado.

O presidente executivo da Total, Patrick Pouyanné, vai propor na Assembleia geral de Acionistas, em maio deste ano, que o grupo petrolífero seja alterado e se passe a chamar TotalEnergies, para simbolizar a abertura às novas fontes de energia, inclusive as renováveis, no âmbito da sua estratégia de procurar uma política de neutralidade em relação às suas emissões poluentes.

“O grupo confirma a sua vontade de se transformar numa empresa multi-energética para responder ao duplo desafio da transição energética: mais energia e menos emissões”, disse Pouyanné.

Este ano está prevista uma aceleração da trajetória da empresa no sentido desta renovação, já iniciada no ano passado, tendo já investido no mercado da eletricidade e aumentado os investimentos em fontes de energia limpas.

Ao longo desta década, a Total apostará mais no gás natural e nas energias renováveis, enquanto o petróleo constituirá, em 2030, apenas 30% da sua atividade, contra os 55% atuais.

Em 2020, a Total investiu 1.650 milhões de euros em energias renováveis e em eletricidade e aumentou a sua capacidade de produção em 10 gigawatts, no âmbito do seu objetivo de chegar aos 35 gigawatts até 2025.

Para este ano, o grupo prevê investir mais de 10 mil milhões de euros, dos quais 20% serão direcionados para a energia elétrica e renováveis.

Este ano, a Total espera manter os cortes na produção de petróleo, que se situarão em 413 milhões de euros.

O presidente executivo da Total realçou ainda que na reta final do ano passado, o preço do petróleo estabilizou em torno de 40 dólares o barril, graças à disciplina dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Nesse sentido, os dados disponíveis permitem ao grupo francês manter o otimismo, que indica que, apesar do prejuízo, irá manter a sua proposta de distribuição de dividendos de 2,64 euros por ação em 2020, contra 2,68 euros em 2019, que é alcançado com a adição de 0,66 euros pelo desempenho observado no último trimestre do ano fiscal.

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