A Royal Dutch Shell anunciou esta quarta-feira, 30 de setembro, que irá proceder ao corte de nove mil empregos, o que equivale a mais de 10% da sua força de trabalho, revela a “Reuters”.
Esta onde de despedimentos faz parte de uma mudança de estratégia, que também visa a redução de custos: a companhia vai reduzir a sua produção de gás e petróleo para apostar mais na produção de energias renováveis.
No fim de 2019, a empresa contava com 83 mil trabalhadores a tempo inteiro, mas esta reestruturação vai permitir que a Shell poupe até 2,5 mil milhões de dólares (2,14 mil milhões de euros) até 2022. No início do ano, a Shell já tinha revelado que iria cortar custos na ordem dos quatro mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) até 2022.
Além dos cortes nos postos de trabalho, a empresa afirmou que 1.500 trabalhadores chegaram a acordo com a Shell para sair voluntariamente.
“Não se deixem enganar: este é um processo extremamente difícil”, disse o presidente executivo Ben van Beurden. “É complicado saber que estamos a dizer adeus a boas pessoas. Mas estamos a fazer isto porque tem de ser, porque é a decisão certa a tomar pelo futuro da empresa”.
Com a mudança para o setor renovável, a Royal Dutch Shell precisa de reduzir drasticamente os custos da empresa, uma vez que as margens de lucro nas renováveis são reduzidas.
À semelhança da Shell, também a petrolífera BP anunciou o corte de 10 mil empregos, à medida que a empresa quer expandir rapidamente para as energias renováveis e reduzir a exploração e produção de gás e petróleo.
Numa missiva de operações, o CEO da Shell apontou que a produção de gás e petróleo vai cair de forma drástica no terceiro trimestre do ano para 3,05 milhões de barris diários devido à fraca produção durante a pandemia e aos furacões nas zonas de operação, que obrigaram ao encerramento das plataformas offshore.
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