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PGR: Casos mediáticos do crime económico serão um dos grandes desafios, diz sindicato de magistrados

“Espero que o Ministério Público continue a ter autonomia dos restantes poderes e os seus magistrados sejam livres para investigar”, disse à Lusa o presidente do SMMP.
20 Setembro 2018, 23h24

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público antecipou hoje que um dos maiores desafios da recém-nomeada procuradora-geral da República será gerir os processos económico-financeiros com impacto mediático e que criaram “grande expectativa”.

António Ventinhas desejou felicidades a Lucília Gago no cargo de procuradora-geral e disse esperar que a nova titular “mantenha o trabalho desenvolvido por Joana Marques Vidal”.

“Espero que o Ministério Público continue a ter autonomia dos restantes poderes e os seus magistrados sejam livres para investigar”, disse à Lusa o presidente do SMMP.

Em sua opinião, uma “tarefa desta envergadura” não pode ser empreendida por uma “única pessoa”, razão pela qual entende que Lucília Gago deve “rodear-se de uma boa equipa” para enfrentar os desafios que se avizinham.

António Ventinhas admitiu que “não estava à espera” do nome de Lucília Gago para o cargo máximo do MP, apontando como outro desafio importante da futura PGR o de dar resposta às atribuições e competências do Ministério Público (MP), mas que para isso acontecer é necessário que o MP seja dotado dos “meios necessários para o efeito”.

António Ventinhas transmitiu um “voto de agradecimento” à atual PGR pelo trabalho desenvolvido, considerando que o MP e a justiça portuguesa muito devem à magistrada que no dia 12 de outubro termina o mandato de seis anos à frente daquela magistratura.

O Presidente da República nomeou hoje Lucília Gago como procuradora-geral da República, com efeitos a partir de 12 de outubro.

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