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Pharol com prejuízos de 1,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2021

A cotada portuguesa sofreu com a desvalorização da Oi, a gigante brasileira das telecomunicações da qual detém cerca de 5,28%, isto apesar da valorização do real face ao euro até ter conferido ganhos cambiais à Pharol.
  • Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
23 Julho 2021, 17h58

A Pharol reporta um resultado líquido negativo de 1,3 milhões no primeiro semestre de 2021, sendo que os capitais próprios da empresa cotada no PSI 20 também sofreram no início do ano, caindo mais de 30 milhões.

Em comunicado esta sexta-feira, a empresa justifica o resultado com os custos operacionais recorrentes de 1,4 milhões de euros. Estes números contribuíram ainda para a descida dos capitais próprios, sendo que a principal causa desse movimento foi a desvalorização da Oi, a gigante brasileira de telecomunicações da qual a Pharol detém 5,28%. Assim, estes caíram para 134,9 milhões de euros, depois de terem terminado 2020 com 165,4 milhões de euros de capitais próprios.

A participação da Pharol na Oi ascende no primeiro semestre de 2021 a um valor de 80,4 milhões de euros, em resultado da queda na cotação das ações ordinárias da Oi (descida de 35,1 milhões de euros a câmbio constante) “parcialmente anulada pela valorização do real face ao euro o que permitiu um ganho cambial de 5,3 milhões de euros”, lê-se no comunicado enviado à CMVM.

A concessionária de serviços de telecomunicações do Brasil desvalorizou cerca de 35,1 milhões de euros a câmbio constante, sendo que a valorização do real face ao euro reduziu em 5,3 milhões de euros este impacto, ao conferir ganhos cambiais à participação da Pharol.

“A nossa participada Oi prosseguiu no seu plano de alienação de ativos non-core, com saliência especial para a venda de 58% da empresa que deterá as infraestruturas de fibra, a InfraCo, em processo que viria a ser confirmado em leilão e decisão judicial, já em 7 de Julho. Em resultado de algumas menos boas notícias relativas ao primeiro trimestre deste ano na área operacional e na sequência da apresentação pública do guidance estratégico para os próximos anos, a cotação da Oi ressentiu-se ao longo dos primeiros meses de 2021. Uma tímida revalorização do real acabou, no entanto, por mitigar esta tendência”, explica o presidente da cotada portuguesa, Luís Palha da Silva.

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