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Pharol diz que “tomará todas as providências necessárias para que seja respeitada a deliberação da AG”

A acionista da Oi, com 27%, admite recorrer contra a anulação de assembleia geral extraordinária que votou a substituição do atual presidente da operadora por Pedro Morais Leitão.
  • Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
9 Fevereiro 2018, 19h35

Depois do Tribunal brasileiro ter mandado suspender a decisões tomadas na AG Extraordinária da Oi, convocada pela Pharol, dizendo que ficam sem efeito as deliberações dos acionistas que visavam substituir a administração da operadora brasileira, eis que a Pharol vem dizer que não desistiu e “tomará todas as providências necessárias para que seja respeitada a deliberação” em AG.

A acionista da Oi, com 27%, vai recorrer contra anulação de assembleia geral extraordinária que votou a favor da substituição do atual presidente da operadora por Pedro Morais Leitão.  Com a Pharol está a Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin) que também vai recorrer, segundo avança a Exame brasileira.

“Sobre a liminar proferida pelo juízo da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, na qual inviabiliza a Assembleia de Acionistas devidamente convocada e realizada ontem dia 7 de feveriro, a Pharol esclarece que tem plena confiança que os seus direitos como acionista serão respeitados e está convicta acerca das inúmeras irregularidades contidas no Plano de Recuperação Judicial da Oi”, lê-se no comunicado.

A maior acionista da Oi com 27% diz que “ao que parece, a Oi nem terá informado o Juízo sobre o conteúdo dos votos proferidos na Assembleia”, razão pela qual, “a Pharol tomará todas as providências necessárias para que seja respeitada a deliberação e esclarecidos todos os aspectos que demonstram a sua legalidade às instâncias competentes (judiciais e/ou arbitrais), a fim de fazer valer os seus direitos como maior acionista individual da Oi e que investiu a maior parte do seu património na referida empresa”.

A Pharol informa também que “foram interpostos recursos contra a decisão que homologou o Plano de Recuperação Judicial da Oi sem a prévia aprovação dos acionistas e do Conselho de Administração, bem como contra a decisão que concedeu poderes ao Presidente da Oi para apresentação de plano de recuperação judicial, indepentendemente da anuência do Conselho de Administração”.

“O entendimento da Pharol é no sentido de que até o presente momento não existe manifestação de vontade válida da Oi para que o Plano de Recuperação seja considerado existente, válido e eficaz”.

“A Pharol lamenta o tratamento dispensado aos acionistas e a campanha de desinformação promovida por uma companhia de porte e relevância como a Oi, a fim de beneficiar interesses particulares”, diz a empresa portuguesa, ex- PT SGPS.

Depois de interpor, nesta quinta-feira, um recurso em que pede a nulidade de parte da decisão que homologou o plano de recuperação judicial da Oi, a Pharol tentou destituir o presidente da Oi, Eurico Teles.

O Tribunal não deu razão à Pharol. “Os acionistas não podem tomar decisão que contrarie ordem judicial”, foi com esse entendimento, que o Tribunal  do Rio de Janeiro suspendeu, nesta quinta-feira  as medidas aprovadas pelos principais acionistas da Oi — Pharol e Société Mondiale — em assembleia geral extraordinária ocorrida na quarta, entre elas a substituição do presidente da empresa, Eurico Teles, por Pedro Morais Leitão, administrador da Pharol. Mas como Pedro Morais Leitão não possui visto de residência no Brasil, os acionistas elegeram Thomas Cornelius Reichenheim como presidente interino. No lugar do administrador financeiro, foi escolhido Leo Julian Simpson. Mas o tribunal anulou estas decisões.

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