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Pharol e energia penalizam PSI 20. Europa segue com perdas ligeiras

“As praças europeias estão maioritariamente negativas, com o índice italiano a registar ganhos ligeiros e as restantes com perdas pouco expressivas”, afirma Steven Santos, gestor do BiG.
  • Reuters
16 Abril 2018, 13h13

A bolsa portuguesa negoceia esta segunda-feira, 16 de abril, em terreno negativo, a meio da sessão, acompanhando o sentimento das congéneres europeias. O principal índice, PSI 20, caiu 0,26%, para 5.463,45 pontos, penalizado pela Pharol e pelo setor da energia.

A Pharol lidera as perdas da bolsa nacional, ao cair 2,24%, para 0,191 euros. Steven Santos, gestor do BiG, explica que a cotada está a ser pressionada pela confirmação de que os credores da empresa de telecomunicações brasileira Oi, da qual a Pharol é a principal acionista, podem ficar com 72,12% do capital da empresa. Quer isto, dizer que os atuais acionistas, como é o caso da Pharol, podem ver as suas posições na empresa serem reduzidas.

“A Pharol pode vir a ficar com uma participação bastante diluída na estrutura de capital da Oi, o que está a pressionar o desempenho da cotada”, indica Steven Santos.

No setor da energia, a EDP perde 0,79% para 3,151 euros, a EDP Renováveis recua 1,42% para 7,985 euros, a Galp Energia resvala 0,32% para 15,785 euros e a REN desvaloriza 0,16% para 2,548 euros.

Em terreno negativo estão também a Sonae (-0,91%), a Sonae Capital (-0,21%), a Corticeira Amorim (-0,70%), a Ibersol (-0,44%), a Mota-Engil (-1,13%), a Semapa (-0,21%) e a Navigator (-0,47%).

Em contraciclo destaca-se a Jerónimo Martins, que soma 1,19% para 14,425 euros. A ganhar estão ainda as ações do BCP (0,29%), CTT (0,20%) e da NOS (0,25%).

As restantes bolsas europeias negoceiam também no ‘vermelho’. O índice alemão DAX perde 0,07%, o espanhol IBEX 35 desvaloriza 0,02%, o francês CAC 40 cai 0,12%, o britânico FTSE 100 perde 0,51% e o holandês AEX deprecia 0,19%. Em contraciclo, o italiano FTSE MIB soma 0,13%.

“As praças europeias estão maioritariamente negativas, com o índice italiano a registar ganhos ligeiros e as restantes com perdas pouco expressivas. Os mercados acionistas estão a segura-se bastante bem depois de se ter temido uma escalada do conflito na Síria”, afirma Steven Santos. “Há quem tenha comprado no rumor para vender agora na notícia”.

O gestor do BiG nota que, ainda assim, “o euro não encontra grande impulso da comprador”. No mercado cambial, o euro valoriza 0,27% face ao dólar, para 1,236 dólares e a libra soma 0,20%, para 1,426 euros.

Nos Estados Unidos serão hoje conhecido o segundo dado macroeconómico mais importante, que são as vendas a retalho relativas. As previsões apontam para que durante o mês de março as vendas tenham aumentado 0,4%, depois de em fevereiro terem caído 0,1%.

No mercado petrolífero, o Brent perde 1,25%, para 71,67 dólares por barril, e o crude WTI desvaloriza 1,23%, para 66,56 dólares. Steven Santos nota que o preço do petróleo está em queda, depois de “ter sido materializada a expectativa em torno de um eventual conflito militar na Síria”. “A expectativa do mercado, que começa a dar alguns sinais de retoma, é que as tensões geopolíticas fiquem por aqui”, nota o gestor do BiG.

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