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Pharol e energia pressionam PSI 20. Europa segue em terreno negativo

“O PSI 20 acompanha a tendência generalizada das bolsas europeias, que estão hoje [quinta-feira] a transacionar com perdas, depois de esta quarta-feira Wall Street ter novamente investido a tendência e encerrado com perdas”, explica Steven Santos, analista do BiG.
  • Daniel Munoz/Reuters
8 Fevereiro 2018, 13h01

A bolsa nacional está esta quinta-feira, dia 8 de fevereiro, a negociar no “vermelho”, a meio da sessão, em linha com as congéneres europeias. O principal índice português, PSI 20, recua 0,93%, para 5.390,27 pontos, com a Pharol e as empresas do setor da energia a pressionar.

“O PSI 20 acompanha a tendência generalizada das bolsas europeias, que estão hoje [quinta-feira] a transacionar com perdas, depois de esta quarta-feira Wall Street ter novamente investido a tendência e encerrado com perdas”, explica ao Jornal Económico Steven Santos, analista do BiG.

A cotada que mais se destaca entre as perdas é a Pharol, que cai 2,99%, para 0,227 euros. Steven Santos explica que os títulos da empresa negoceiam “com bastante volatilidade, ao sabor das negociações com a administração da empresa de telecomunicações brasileira Oi”, da qual é a maior acionista.

A assembleia-geral desta quarta-feira terminou com os credores a pedirem a demissão do presidente da Oi, Eurico Teles, e do administrador financeiro, Carlos Brandão. Em comunicado, a empresa explica que a reunião foi irregular e que a mudança na presidência, que foi aprovada durante o encontro de acionistas, não é válida. “A situação está cada vez mais a adquirir um teor jurídico”, acrescenta.

No setor da energia, a EDP perde 0,84%, para 2,706 euros, a EDP Renováveis recua 0,79%, para 6,940 euros, a Galp Energia cai 1,57%, para 14,775 euros e a REN resvala 0,65%, para 2,432 euros. No setor da banca, o BCP recua 2,13%, para 0,298 euros.

A negociar com perdas estão também os títulos da Navigator, que esta manhã comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) os resultados líquidos no ano passado caíram 4,4%, em comparação com o ano anterior. O decréscimo do lucro é explicado pela subida dos impostos pagos, que mais do que quintuplicaram, passando de 7,2 milhões de euros para 39,5 milhões.

Steven Santos diz que “os lucros da empresa desiludiram”, lembrando que a empresa sofreu um forte “impacto com os incêndios do ano passado”. A empresa desvaloriza 0,85% para 4,198 euros.

Em terreno negativo estão também a NOS (-0,20%), a Semapa (-1,11%), a Mota-Engil (-1,45%), os CTT (-0,60%), a Sonae Capital (-0,95%), a Corticeira Amorim (-0,79%) e a Altri (-1,59%).

Em contraciclo estão ainda a Jerónimo Martins (1,03%) e a Novabase (0,69%).

Nas restantes praças europeias predominam as perdas. O alemão DAX perde 1,27%, o francês CAC 40 cai 0,97%, o espanhol IBEX 35 recua 1,21%, o holandês AEX desvaloriza 1,04%, o britânico FTSE 100 resvala 1,08% e o italiano FTSE MIB segue com uma variação negativa de 1,15%.

“As bolsas europeias estão de regresso às quedas, com todos os índices a cair, devido ao fecho em baixa de Wall Street”, indica o analista do BiG. “Estas quedas são sobretudo expressivas no centro da Europa, com o alemão DAX a liderar as perdas”, acrescenta.

No mercado petrolífero, o brent perde 0,13% para os 66,77 dólares por barril e o crude WTI recua 0,47%, para 63,09 dólares. “A queda dos preços do barril do petróleo, acompanha a tendência de queda de ativos de risco, tendo em conta que o mercado petrolífero está relacionado com o crescimento económico mundial”, afirma. “Além disso, os Estados Unidos ultrapassaram a Arábia Saudita e Irão e tornaram-se o maior produtor. Os dados revelados esta quarta-feira mostram que a produção terá subido para 10,25 milhões de barris por dia na semana passada, fazendo os preços do ‘ouro negro’ registarem a maior perda em dois meses.

No mercado cambial, o euro perde 0,34% para 1,222 dólares e a libra soma 0,82% para 1,398 dólares. “A recuperação do dólar norte-americano face ao euro está a ser motivada pela melhoria das expectativas de inflação e pela subida das yields dos Estados Unidos”, afirma, dizendo, no entanto, que “ainda há espaço para uma recuperação maior”.

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