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Pipedrive quer duplicar número de trabalhadores em Portugal

Startup estónia tem o segundo maior escritório em Portugal e aposta na língua portuguesa.
9 Novembro 2017, 07h25

Formada em 2010, em Tallinn, na Estónia, a Pipedrive é uma startup que oferece software para gestão de vendas (CRM). A empresa foi criada por cinco sócios, que desenvolveram a ideia de uma plataforma que os vendedores considerassem útil para o seu trabalho.

A ideia partiu de Timo Rein e Urmas Purde, que já geriam uma empresa de consultoria de vendas na Estónia há mais de 10 anos e sentiam necessidade de uma ferramenta que os ajudasse a suportar as suas vendas bem como algo que pudessem recomendar aos clientes. Depois de várias tentativas de encontrar uma solução aceitável, juntaram-se a três pessoas – Ragnar Sass, Martin Tajur e Martin Henk – com experiência no desenvolvimento de aplicações web, e criaram uma ferramenta própria.

A startup contou com o apoio de três sociedades de capital de risco: a Bessemer Venture Partners, a Rembrandt Venture Partners e a Atomico, uma sociedade de venture capital criada pelo co-fundador do Skype Niklas Zennstrom. Levantou já mais de 30 milhões de euros de capital.

A Pipedrive está presente em 140 países. Está implantada na América do Norte – que é o seu principal mercado – mas também na América do Sul, especialmente no Brasil; e na Europa, onde tem crescido. Tem escritórios em Tallinn, em Nova Iorque e também em Lisboa. “A decisão de abrir um escritório em Lisboa deveu-se, principalmente, às necessidades de recrutamento da empresa, uma vez que a capital portuguesa está geograficamente no meio dos nossos outros dois escritórios – Tallinn e Nova Iorque –“, explica ao Jornal Económico Martin Henk, co-fundador e vice-presidente da empresa.

A estratégia para Portugal

A empresa tem 30 pessoas em Portugal, pretende ter uma equipa de 50 pessoas no final deste ano e chegar aos 100 colaboradores até ao final do próximo ano. Globalmente, empregam mais de 300 pessoas e têm uma carteira de 50 mil clientes.

A estratégia da empresa em Portugal passa, em primeiro lugar, por aproveitar o poder da língua portuguesa. Desde 2014, a empresa faculta um serviço de apoio ao cliente em português, devido exactamente ao mercado brasileiro. Mas o movimento de empreendedorismo e inovação que se vive em Lisboa também foi tido em conta.

“Lisboa é a cidade das startups e está a ganhar cada vez mais importância na Europa e, no fundo, o o ecossistema da cidade é muito semelhante ao de Tallinn, o que nos faz sentir em casa”, justifica Martin Henk ao Jornal Económico.

“No fundo, o objetivo da Pipedrive é fazer parte da comunidade local de startups, tornar-se um empregador conhecido em Portugal e fazer deste escritório uma parte estratégica da empresa”, acrescenta.

A empresa considera que em Portugal há um elevado número de software developers que constituem uma base fiável de recrutamento, com um bom conhecimento da língua inglesa, e que permitem que seja cumprido o objetivo definido de investimento na melhoria do produto e no desenvolvimento de novas ferramentas.

É também em Portugal, no quadro da Web Summit, que a Pipedrive vai fazer uma apresentação da sua nova plataforma de marketplace, que oferece maior segurança e capacidade para quem faz o desenvolvimento de aplicações.

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