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PJ deteve elementos da Polícia Judiciária Militar e da GNR por causa do roubo de material em Tancos

As detenções foram feitas “sequência de diligências hoje desencadeadas”, no âmbito do “inquérito dirigido pelo Ministério Público, coadjuvado pela Polícia Judiciária”.
  • Cristina Bernardo
25 Setembro 2018, 12h32

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta terça-feira, 25 de setembro, militares da Polícia Judiciária Militar e da Guarda Nacional Republicana por suspeitas de envolvimento no roubo de material militar em Tancos, informou a Procuradoria-geral da República (PGR).

Em comunicado, a PGR refere que as detenções foram feitas “sequência de diligências hoje desencadeadas”, no âmbito do “inquérito dirigido pelo Ministério Público, coadjuvado pela Polícia Judiciária”.

 

O jornal “Correio da Manhã” e a estação de televisão “SIC Notícias” informam que dois dos detidos são o diretor da Polícia Judiciária Militar, coronel Luis Augusto Vieira, e o comandante da GNR de Loulé, sargento Lima Santos. Posteriormente, a PGR esclareceu que “a detenção de militares no ativo, fora de flagrante delito, ‘é requisitada aos seus superiores hierárquicos pelas autoridades judiciárias’, procedimento que foi seguido”.

 

Terão ainda sido feitas buscas ao núcleo de investigação da GNR de Loulé e a dois adjuntos do comandante.

No comunicado, a PGR adianta que, no âmbito desta operação, intitulada “Húbris”, foram realizadas buscas em vários locais nas zonas da grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém.

“Neste inquérito investigam-se as circunstâncias em que ocorreu o aparecimento em 18 de outubro de 2017, na região da Chamusca, de material de guerra furtado em Tancos”, explica a PGR.

“Em causa estão factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas”, acrescenta.

Na operação participaram cinco magistrados do Ministério Público e cerca de uma centena de investigadores e peritos da PJ.

O inquérito corre termos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal e o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, “a qual contou com a colaboração de diversas unidades da PJ, nomeadamente o Laboratório de Polícia Científica”.

Os detidos serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para aplicação das medidas de coação.

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