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PJ: Tudo aponta para que “não haja intervenção de terceiros” na morte de diretor do EuroBic

O diretor nacional da PJ, Luís Neves, disse hoje que os elementos recolhidos pela Judiciária sobre a morte do diretor do private banking do EuroBic, arguido no caso Luanda Leaks, “apontam para que não haja intervenção de terceiros”.
23 Janeiro 2020, 14h07

Questionado pelos jornalistas se a PJ tinha alguma outra linha de investigação, que não a de suicídio, Luís Neves respondeu que os dados de que a PJ dispõe, não só relativos à noite passada – quando o gestor do EuroBic foi encontrado morto -, como também de outra ocorrência anterior, apontam para que “não haja intervenção de terceiros” nesta morte.

Luís Neves falava após a assinatura de um protocolo com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), o Instituto Politécnico de Beja e o Centro de Formação Profissional da Indústria Eletrónica, Energia, Telecomunicaçoes e Tecnologias da Informação para formalizar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na prevenção e combate aos abusos sexuais de crianças na internet.

O diretor do private banking do EuroBic e gestor da conta da Sonangol, Nuno Ribeiro da Cunha, foi encontrado morto na quarta-feira à noite na casa onde residia no Restelo, em Lisboa.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) já tinha adiantado hoje que a PSP foi alertada para uma ocorrência na rua Padre António de Andrade, no Restelo, em Lisboa, pelas 21:30 de quarta-feira.

A PSP acrescentou que Nuno Ribeiro da Cunha terá alegadamente “cometido suicídio na garagem, pelo método de enforcamento, confirmando-se o óbito após manobras de reanimação por parte dos meios de socorro”, sublinhando que o homem já teria um “historial de tentativa de suicídio” neste mês.

No passado dia 07 de janeiro, a GNR foi alertada para uma alegada tentativa de suicídio, no interior de uma habitação, em Vila Nova de Milfontes, onde foi encontrado um homem ferido com gravidade.

Por haver suspeita de tentativa de homicídio, a GNR contactou a Polícia Judiciária de Portimão, que esteve no local e está a investigar o caso.

Hoje o Ministério Público confirmou à Lusa que o homem era Nuno Ribeiro da Cunha.

Nuno Ribeiro da Cunha foi constituído arguido em Angola no âmbito do processo Luanda Leaks, juntamente com a empresária e filha do ex-Presidente angolano Isabel dos Santos, Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol, Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do BFA, Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS.

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