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Plano B para viagens aéreas é limitado e financia encapotadamente agências de viagens, diz BE

O plano do Governo Regional, refere o BE Madeira, “ignora a liberalização da linha aérea” com o Continente e “deixa desamparados” os estudantes quando as viagens forem superiores a 400 euros e quando se esgotam os voos.
21 Setembro 2018, 16h34

Para o BE o plano B, para as viagens aos estudantes universitários, apresentado pelo Governo Regional, é um remendo e apresenta limitações. Os bloquistas temem que esta medida seja uma maneira de criar um “financiamento encapotado” às agências de viagem.

“Esta é uma medida de alcance limitado, embora com algum interesse, que é um bónus para os agentes de viagens, mas que ignora a raiz do problema: a liberalização das ligações aéreas não serve a Madeira”, denuncia Paulino Ascensão, dirigente do BE Madeira, relativamente ao plano anunciado pelo Governo Regional.

O plano que assegura quatro viagens, de ida e volta, a 65 euros, aos estudantes universitários, para Paulino Ascensão, traz a vantagem de se “deixar de adiantar o preço” pedido pela companhia aérea, mas não resolve todo o problema.

“Se o preço das viagens ultrapassar os 400 € os estudantes já ficam desamparados, o que no período de Natal é muito provável que aconteça. Ficam desprotegidos também quando se esgotam os voos, pois não há obrigações das companhias disponibilizarem mais voos”, afirma o bloquista.

Paulino Ascensão critica este “bónus para os agentes de viagens” visto que os estudantes agora “vão ser empurrados” para os seus balcões.

“Como as regras do subsídio de mobilidade não limitam o valor da comissão do agente, dentro do preço total de 400€, o valor da comissão pode ser o que cada agência quiser. É um reforço do financiamento encapotado às agências de viagens”, alerta.

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