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Plano energético de Cabo Verde prevê penetração de renováveis de 50% até 2030

Nesta aposta em energias renováveis a baixo custo, o governo tem previsto no quadro do Orçamento do Estado para 2019 algumas medidas, uma delas, de acordo com Alexandre Monteiro, é a redução em 50% para as famílias que apostem em painéis solares.
  • Fabian Bimmer/Reuters
16 Novembro 2018, 15h25

O Plano Diretor para o Setor Elétrico 2018/2030 prevê taxa de penetração de renováveis em 30%, a médio prazo, e 50% até 2030 (uma taxa que poderá varia de ilha para ilha), revelou o ministro cabo-verdiano da Indústria e Energia, que fez questão de lembrar que é preciso pensar na viabilidade económica do plano para não haver “agravamento” do custo de energia.

“O objetivo é reduzir a fatura de energia. Quando mais produção, mais redução teremos no preço e também menos dependência externa teremos”, disse Alexandre Monteiro esta sexta-feira, à margem da apresentação pública da estratégia para este segmento de atividade.

Para se chegar à taxa de penetração de 50%, que até pode ser antecipada, Alexandre Monteiro defende que serão necessários investimentos “estratégicos em sistemas de armazenamento que poderão encarecer o preço” – daí a necessidade de se fazer o equilíbrio e acompanhamento entre a procura, os aspetos técnicos, a penetração e os custos das tecnologias.

Nesta aposta em energias renováveis a baixo custo, o governo tem previsto no quadro do Orçamento do Estado para 2019 algumas medidas, uma delas, de acordo com Alexandre Monteiro, é a redução em 50% para as famílias que apostem em painéis solares.

O Plano foi pensado, segundo o ministro, para servir de base para o Programa Nacional de Sustentabilidade Energético. Inicialmente, o investimento previsto é de 127 milhões de euros e, num segundo momento, de 400 milhões de euros, de acordo com a informação do executivo. Os valores do investimento quer a nível da rede quer do sistema de armazenamento foram já definidos.

“Está previsto, no horizonte temporário do Plano até 2021, serem investidos 127 milhões de euros e até 2030 mais de 400 milhões de euros”, avançou o responsável pela pasta da Indústria e Energia, Alexandre Monteiro.

Estes são valores que o governo de Cabo Verde quer mobilizar na conferência de Paris, que se realiza entre 11 e 12 de dezembro e onde serão apresentados projetos para a área das energias renováveis e fomento de micro produção – a pensar “na redução da fatura energética tanto para as empresas como para as famílias”, refere Alexandre Monteiro.

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