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Podia Centeno ir mais longe na redução do défice?

O ministro das Finanças quer maior ambição na redução do défice orçamental este ano, mas mesmo o novo valor representa uma desaceleração.
  • Cristina Bernardo
13 Abril 2018, 07h40

O Governo prepara-se para rever em baixa a projeção para o défice orçamental deste ano. A decisão tem sido severamente criticada por Bloco de Esquerda (BE) e Partido Comunista Português (PCP), gerando mesmo dúvidas se continuarão a suportar a ‘geringonça’. No entanto, Mário Centeno está menos ambicioso no que diz respeito ao ritmo de diminuição do défice.

Após um saldo orçamental negativo de 0,92% do produto interno bruto (excluindo a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos que aumentou o rácio para 2,94%), o Governo terá inscrito no Programa de Estabilidade (PE) um objetivo de 0,7% para este ano, o que representa uma diminuição de 0,4 pontos percentuais em relação ao inscrito no Orçamento do Estado (OE). Isto significa que para alcançar o novo objetivo, o Estado teria de reduzir em cerca de 365 milhões de euros um défice que foi em 2017 de 1.765,4 milhões de euros, em vez viver com um saldo negativo de 2.200 milhões de euros, o equivalente aos 1,1% do PIB inicialmente previstos. Na prática, em vez de poder gastar mais cerca de 435,8 milhões de euros do que no ano passado, o Estado está obrigado a cortar.

Artigo publicado na edição semanal do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

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