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Polícia da Hungria divulga fotos da detenção do hacker suspeito de roubar e e-mails ao Benfica

Embora Rui Pinto não apareça algemado nas fotos, este terá sido o momento em que os agentes detiveram o português de 30 anos, que é suspeito de ter roubado e-mails ao Benfica.
17 Janeiro 2019, 12h00

A polícia da Hungria divulgou imagens do momento em que deteu Rui Pinto, o português de 30 anos que esta quarta-feira foi detido na capital da Hungria, Budapeste, por suspeitas de ser o ‘hacker’ responsável por ter roubado e divulgado dezenas de emails do Benfica.

Os rostos quer dos agentes policiais, quer de Rui Pinto, não são visíveis nas imagens, mas pela descrição da notícia, tudo indica que foi naquele momento que o português foi levado pelas autoridades hungaras. Rui Pinto será extraditado para Portugal entre 15 dias a um mês, ou seja, até meados de fevereiro, isto porque tem de ser completo o expediente e o processo de transmissão dos detidos que obriga a regras do Mandado de Detenção Europeu.

Num comunicado emitido na quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República revelou que “no âmbito de inquérito dirigido pelo Ministério Público, com investigação realizada pela Polícia Judiciária e na sequência de diligências cumpridas em sede de cooperação internacional em país comunitário, foi concretizada a detenção de um cidadão nacional de 30 anos de idade, sobre quem impendia Mandado de Detenção Europeu”.

De acordo com a PGR, estão em causa factos suscetíveis de integrarem crimes de extorsão qualificada na forma tentada, acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo.

A divulgação da identidade do pirata informático que roubou segredos do Benfica obrigou em setembro do ano passado a Polícia Judiciária (PJ) a alterar a estratégia de investigação e emitir um pedido de mandado de captura internacional, tal como noticiou o Jornal Económico na altura.

As autoridades policiais temiam que o ‘pirata informático’ Rui Pinto estivesse em fuga, depois de a revista “Sábado” noticiar o seu nome e descrevê-lo como um “génio da informática mercenário” que age motivado por dinheiro, sem qualquer ligação a clubes.

Em causa está um inquérito do Ministério Público, a cargo da equipa especial para os crimes no futebol que funciona no DCIAP, que foi aberto em 2015 após uma queixa do Sporting na Justiça a 30 de setembro daquele ano, após a divulgação na internet do contrato do jogador Marcos Rojo e do treinador Jorge Jesus. O Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da Polícia Judiciária.

A esta queixa somaram-se, posteriormente, mais duas: uma da Doyen, um fundo de investimento no futebol e, uma semana depois, outra do Benfica já em 2017 sobre o furto de emails que revelou o relacionamento do clube da Luz com alguns árbitros e estruturas de poder do futebol português.

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