O aumento do populismo e da violência ligada à extrema-direita na Europa encontram-se entre os fatores que criam vulnerabilidades às empresas, segundo os Mapas de Risco Político e de Terrorismo e Violência Política de 2019 elaborados pela Aon, em conjunto com o Continuum Economics e o The Risk Advisory Group.
Segundo o estudo da Aon, o populismo “aumentou a possibilidade de medidas com motivações políticas que podem prejudicar contratos já assinados”, forçando ainda empresas “atingidas por novas tarifas e barreiras ao comércio a reconsiderar as suas cadeias logísticas”. Algo que se torna mais preocupante para a atividade económica, segundo a empresa que oferece soluções de risco, reforma e saúde, quando 11 países europeus têm governos com participação de partidos populistas. os quais têm uma média de 22% dos votos nos 33 países considerados.
Quanto ao terrorismo e violência política, os mapas de risco da Aon assinalam o aumento de ataques concretizados e frustrados ligados a ideologias de extrema-direita, dirigidos sobretudo a minorias sexuais e religiosas, nomeadamente na Alemanha e na Grécia, que no caso alemão duplicaram entre 2016 e 2018. Pelo contrário, os atentados conduzidos por terroristas ligados ao Daesh diminuíram nos países europeus, centrando-se agora sobretudo no Afeganistão, Nigéria e Filipinas.
Também as tensões comerciais entre os EUA e a China irão, caso se mantenham, afetar significativamente os negócios nos Estados Unidos no próximo ano. Eventuais barreiras tarifárias poderão, segundo os Mapas de Risco da Aon, levar a uma contração de até 0,3 e 0,6 pontos percentuais, respetivamente, nos Estados Unidos e na China, até 2023.
Igualmente apontado é o efeito que as sanções sobre o Irão poderão vir a ter nos preços do petróleo.
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