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Portugal 2020 apoiou empresas em mais de 750 milhões, anuncia Governo

“Vim aqui apresentar contas e, de março a maio, financiámos 750 milhões de euros e, quando comparamos este valor com o período do ano passado, sem pandemia, verificamos que pagámos mais 26% que no ano passado e por isso falamos em aceleração de pagamento”, explicou Nelson de Souza.
22 Junho 2020, 19h40

O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, disse hoje que o programa Portugal 2020, que canaliza fundos europeus, apoiou as empresas, de março a maio, com mais de 750 milhões de euros, através de duas medidas criadas pelo Governo.

“Vim aqui apresentar contas e, de março a maio, financiámos 750 milhões de euros e, quando comparamos este valor com o período do ano passado, sem pandemia, verificamos que pagámos mais 26% que no ano passado e por isso falamos em aceleração de pagamento”, explicou Nelson de Souza.

O ministro falava aos jornalistas, após um encontro com empresários da região de Nelas, distrito de Viseu, onde apresentou os números das medidas criadas, dentro deste programa, para apoios devido à pandemia da covid-19.

A medida “Adaptar”, lançada em 15 de maio, recebeu até 04 de junho 17.067 candidaturas e aprovou 16.928 projetos, com um investimento elegível de 63,5 milhões de euros e um incentivo aprovado de 50,8 milhões de euros. Nesse período, foram pagos 15,8 milhões de euros a um conjunto de empresas que abrangem, ao todo, 60 mil trabalhadores, segundo as informações prestadas pelo ministro.

A outra medida, “InovCovid”, recebeu 1.541 candidaturas e aprovou 374 projetos, com um investimento elegível de 133 milhões de euros e um incentivo aprovado de 112 milhões de euros, dos quais, 31 milhões já foram pagos, disse ainda.

“Outra medida muito importante, apenas para as empresas, é o instrumento de apoio em que funcionamos como um banco. Emprestamos dinheiro às empresas em boas condições e tomámos a decisão de protelar por um ano o prazo de todas as prestações que as empresas tinham para connosco para reembolsar uma espécie de subsídios reembolsáveis”, explicou.

Neste sentido, Nelson de Souza explicou que, no mesmo período, “o apoio vai em perto de 90 milhões de euros por essas amortizações que não foram pagas agora e que vão ser pagas daqui um ano”.

“Ou seja, são mais 90 milhões de euros de apoios em não recebimentos, mas também em não pagamentos que as empresas tiveram, portanto, mais uma ajuda a juntar aos 750 milhões de euros”, precisou.

O governante contou que durante a manhã, em Coimbra, visitou algumas das empresas abrangidas pela medida “Adaptar”, como pastelarias e uma farmácia, que “fizeram umas coisas muito engraçadas para adaptar o seu negócio para o reabrirem em segurança”.

Da parte da tarde, em Nelas, a comitiva governamental visitou a Borgstena, que fez “um investimento de 3,6 milhões de euros” para a produção de Tecido Não Tecido (TNT), usado em máscaras, e que prevê uma produção de “milhões de máscaras por mês”.

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